Preço do suíno reage com sinal de oferta mais equilibrada

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     Porto Alegre, 17 de junho de 2022 – O mercado brasileiro de suínos apresentou forte avanço de preços ao longo da semana. “A reposição ao longo da cadeia segue apresentando boa fluidez, o que traz otimismo entre os suinocultores independentes, considerando o maior poder de barganha e a diminuição das margens negativas”, ressalta o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

     A oferta de animais vem mostrando equilíbrio e com reportes de um peso médio mais baixo para os animais neste momento. “O ponto de atenção está no consumo, que pode arrefecer um pouco até o fechamento do mês com a descapitalização das famílias, levando o setor a um ambiente de negócios mais acirrado”, sinaliza.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 7,80% na semana, passando de R$ 5,50 para R$ 5,93. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu 7,30%, de R$ 9,20 para R$ 9,87. A carcaça teve aumento de 11,76%, passando de R$ 8,40 para R$ 9,39.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 120,00 para R$ 132,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,10. No interior do estado a cotação mudou de R$ 5,25 para R$ 5,85.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,10. No interior catarinense, a cotação subiu de R$ 5,20 para R$ 5,90. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 5,25 para R$ 5,90 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,20.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 5,25 para R$ 5,60, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,00. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 6,40 para R$ 7,10. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno passou de R$ 6,70 para R$ 7,30. No mercado independente mineiro, o preço avançou de R$ 6,80 para R$ 7,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 5,30 para R$ 5,65. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.

     As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 89,3 mil toneladas em maio, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número, segundo levantamento, é 12,4% menor que o registrado no quinto mês de 2021, quando foram embarcadas 102 mil toneladas. Em receita, as exportações de maio alcançaram US$ 204,3 milhões, número 19,3% menor que o registrado no mesmo mês de 2021, com US$ 253,2 milhões.

     No ano (janeiro a maio), as exportações de carne suína somaram 416,6 mil toneladas, saldo 8,2% inferior ao registrado nos cinco primeiros meses de 2021, com 453,9 mil toneladas. Em receita, as exportações do setor alcançaram US$ 896,3 milhões, dado 17% inferior ao registrado nos cinco primeiros meses de 2021, com US$ 1,079 bilhão de toneladas.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 83,292 milhões em junho (8 dias úteis), com média diária de US$ 10,411 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 34,593 mil toneladas, com média diária de 4,324 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.407,70.

     Em relação a junho de 2021, houve baixa de 14,1% no valor médio diário, perda de 7% na quantidade média diária e queda de 7,7% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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