Porto Alegre, 10 de julho de 2020 – O mercado do frango vivo registrou um quadro de firmeza nos preços ao longo da semana, em meio ao bom movimento de demanda verificado neste início de mês. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a tendência de curto prazo remete a novos reajustes, cenário que se estende também ao mercado atacadista.
“A boa reposição entre atacado e varejo no decorrer da primeira quinzena do mês e a reabertura dos restaurantes e de outros estabelecimentos na cidade de São Paulo são fatores positivos ao mercado neste início de julho. No entanto fica sempre a ressalva de que a demanda não estará no mesmo patamar ao momento anterior à pandemia”, avalia.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 5,00, o quilo da coxa passou de R$ 5,00 para R$ 5,10 e o quilo da asa de R$ 9,30 para R$ 9,40. Na distribuição, o quilo do peito permaneceu em R$ 5,20, o quilo da coxa em R$ 5,20 e o quilo da asa em R$ 9,50.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de poucas mudanças nos preços ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 5,10, o quilo da coxa aumentou de R$ 5,10 para R$ 5,20 e o quilo da asa de R$ 9,40 para R$ 9,50 Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 5,30, o quilo da coxa em R$ 5,30 e o quilo da asa em R$ 9,60.
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 341,9 mil toneladas em junho, volume 12,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, com total de 390,5 mil toneladas, segundo informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em receita, o saldo de exportações chegou a US$ 446,5 milhões em junho, número 30,95% menor em relação ao registrado no mesmo período de 2019, com US$ 646,2 milhões.
No acumulado do ano, as vendas do setor se mantiveram positiva em 1,7%, com 2,106 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e junho deste ano, contra 2,072 milhões de toneladas em 2019. No mesmo período, as vendas para o mercado externo geraram receita de US$ 3,144 bilhões, número 8,8% menor em relação ao saldo do primeiro semestre de 2019, com US$ 3,448 bilhões.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 3,70. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 3,50.
Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 2,95. No oeste do Paraná o preço na integração seguiu em R$ 3,50. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 3,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 3,65. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 3,65. No Distrito Federal o quilo vivo seguiu em R$ 3,65.
Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 4,45. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,40 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,50.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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