Mercado suíno registra boa demanda e preços seguem avançando

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     Porto Alegre, 10 de julho de 2020 – Os preços do atacado e do suíno vivo indicaram novos sinais de valorização na semana, em meio à maior fluidez dos negócios ao longo da cadeia. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a perspectiva segue positiva para os próximos dias, diante da entrada da massa salarial e da reabertura da economia em vários estados. “A demanda ainda está longe do ideal e possivelmente não retornará ao patamar anterior à pandemia, no entanto, qualquer recuperação do consumo no mercado doméstico é positivo neste ambiente de crise”, avalia.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou de R$ 4,44 para R$ 4,71 ao longo da semana. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado seguiu em R$ 8,56. A carcaça registrou um valor médio de R$ 7,31, ante os R$ 7,17 praticados na semana passada.

     Maia ressalta que a demanda externa permanece bastante aquecida para a carne suína brasileira, o que ajuda a manter a oferta interna regulada.

     As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 96,1 mil toneladas em junho, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 50,4% o volume embarcado no sexto mês de 2019, com total de 63,9 mil toneladas. Em receita, o desempenho mensal registrou alta de 43,4%, com US$ 198 milhões de saldo registrado em junho deste ano, frente a US$ 138,1 milhões em 2019.

     No acumulado do ano, as vendas de carne suína seguem 37,01% maior este ano, em comparação com 2019. Foram 479,4 mil toneladas entre janeiro e junho de 2020, contra 349,9 mil toneladas exportadas nos seis primeiros meses do ano passado. Em receita, houve elevação de 52,5% no mesmo período comparativo, com US$ 1,076 bilhão este ano e US$ 705,6 milhões em 2019.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 97,00 para R$ 110,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 4,15. No interior do estado a cotação subiu de R$ 4,30 para R$ 4,70.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 4,20. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 4,45 para R$ 4,90. No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 4,20 para R$ 4,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 4,20.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração permaneceu em R$ 4,10, enquanto em Campo Grande o preço subiu de R$ 4,25 para R$ 4,40. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 5,10 para R$ 5,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 5,50 para R$ 6,00. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 5,40 para R$ 6,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado continuou em R$ 3,80. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 3,90 para R$ 3,95.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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