Porto Alegre, 06 de janeiro de 2023 – A primeira semana de 2023 foi de preços mais baixos para o café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), que baliza a comercialização internacional. Se ao final de 2022 parecia que o mercado ia encontrar melhor sustentação em torno de 170 centavos de dólar por libra-peso em NY, o começo de 2023 foi de bolsa testando para baixo a linha de 160 centavos.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, aspectos financeiros, como movimentos do petróleo e temores com covid na China, pesaram sobre o café. O dólar em alta contra o real no Brasil, diante do novo governo com decisões que desagradaram o mercado, também foi aspecto baixista em NY. A moeda americana subindo traz ainda maior competitividade às exportações brasileiras, o que pressiona as cotações na bolsa.
Além disso, as condições climáticas são favoráveis à safra brasileira 2023. Tem chovido bem, as previsões indicam a manutenção desse cenário e isso leva o mercado a acreditar na confirmação de uma boa produção no país.
Em NY, no balanço da semana até esta quinta-feira (05), o arábica para março acumulou baixa de 4%, caindo de 167,30 centavos de dólar por libra-peso para 160,55 centavos.
O mercado brasileiro de café sustentou-se melhor, diante da alta do dólar, que no comercial subiu 1,4% até esta quinta-feira, e da oferta retraída, já com a entressafra evidente. Assim, o café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais na base de compra se manteve em torno de R$ 990,00 a saca de 60 quilos.
O conilon tipo 7, em Vitória, Espírito Santo, também sustentou-se, ficando em R$ 695,00 a saca.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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