Preços baixos e custos altos impactam setor de suínos em janeiro

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     Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022 – O mercado brasileiro de suínos apresentou forte queda de preços no decorrer de janeiro, tanto no atacado quanto para o quilo vivo, resultado do excedente de oferta. “Não bastasse os fracos preços do suíno, as margens também foram impactadas pelo avanço do custo da nutrição animal e ficaram negativas, o que grande preocupação, principalmente aos suinocultores independentes”, afirma o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

     A perspectiva é de que o consumo ganhe algum um pouco de força no decorrer da primeira quinzena de fevereiro, com a entrada da massa salarial na economia. “O baixo preço dos cortes suínos frente à carne bovina também pode ajudar. Contudo, vale destacar que o frango e o ovo também apresentam preços fracos neste momento, concorrendo com a carne suína”, avalia.

     Maia sinaliza que as exportações de carne suína desaceleraram ao longo dos últimos meses, com a China menos atuante nas compras. “Um menor fluxo de exportações resulta em maior disponibilidade de carne no mercado doméstico brasileiro. Os preços da cadeia suinícola chinesa continuam em queda, o que denota a continuidade de importações tímidas pelo país asiático”, pontua.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país retrocedeu 16,98% em janeiro, passando de R$ 5,76 para R$ 4,78. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou 8,56% no mês, de R$ 10,34 para R$ 9,46. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 7,41, baixa de 19,48% frente ao registrado na última semana de dezembro, de R$ 9,21.

     A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 116,00 para R$ 94,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo recuou de R$ 5,64 para R$ 5,40. No interior do estado a cotação caiu de R$ 5,65 para R$ 4,40.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração caiu de R$ 5,70 para R$ 5,40. No interior catarinense, a cotação passou de R$ 5,80 para R$ 4,30. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 5,65 para R$ 4,40 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo baixou de R$ 5,60 para R$ 5,40.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande recuou de R$ 5,60 para R$ 4,30, enquanto na integração o preço mudou de R$ 5,50 para R$ 5,30. Em Goiânia, o preço passou de R$ 6,00 para R$ 4,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno mudou de R$ 6,20 para R$ 5,00. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 6,40 para R$ 5,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis retrocedeu de R$ 5,60 para R$ 4,30. Já na integração do estado o quilo vivo recuou de R$ 5,60 para R$ 5,30.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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