Custos galopantes deixam setor de frango no vermelho em janeiro

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     Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022 – A avicultura de corte apresentou um mês de janeiro desastroso. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços não encontraram sustentação nos primeiros dias do ano. “Pior do que isso, os custos avançaram de maneira galopante em função da alta dos preços do milho. A margem se tornou negativa em grande parte do país”, pontua.

     Por outro lado, Iglesias sinaliza que há uma indicação de alento, com a recuperação, ainda que tímida, dos preços de alguns cortes no atacado, o que aponta para um avanço no consumo no mercado interno. “Há espaço para continuidade do movimento, em linha com a preferência do consumidor médio no país por proteínas mais acessíveis” avalia.

     Segundo Iglesias, a relação de troca na comparação com a carne bovina ainda mostra a carne de frango como muito mais competitiva. “Essa vantagem se acentuou com a queda de preços nas últimas semanas”, sinaliza.

      O analista ressalta também que as exportações em ótimo nível também aparece como um indicador positivo para o setor avícola. “Além do fato da avicultura possuir maior flexibilidade produtiva, ela conta com uma maior capacidade de reação para se adequar a atual estrutura inflacionária”, conclui.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram variações para os cortes congelados de frango ao longo de janeiro. O preço do quilo do peito baixou de R$ 8,00 para R$ 7,40 e o quilo da coxa de R$ 6,50 para R$ 6,10. Já o quilo da asa subiu de R$ 8,50 para R$ 9,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 8,25 para R$ 7,50 e o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,30. Já o quilo da asa avançou de R$ 8,75 para R$ 9,20.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também preços modificados durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 8,10 para R$ 7,50 e o quilo da coxa em R$ 6,60 para R$ 6,20. O quilo da asa passou de R$ 8,60 para R$ 9,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito mudou de R$ 8,35 para R$ 7,60 e o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 6,40. O quilo da asa subiu de R$ 8,85 para R$ 9,30.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo retrocedeu de R$ 5,10 para R$ 4,70. Em São Paulo o quilo recuou de R$ 5,00 para R$ 4,90.

     Na integração catarinense a cotação do frango subiu de R$ 4,00 para R$ 4,10. No oeste do Paraná o preço baixou de R$ 5,10 para R$ 5,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 5,20 para R$ 4,80.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango baixou de R$ 5,00 para R$ 4,60. Em Goiás o quilo vivo recuou de R$ 5,00 para R$ 4,80. No Distrito Federal o quilo vivo retrocedeu de R$ 5,10 para R$ 4,70.

     Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 6,10 para R$ 6,00. No Ceará a cotação do quilo retrocedeu de R$ 6,10 para R$ 6,00 e, no Pará, o quilo vivo mudou de R$ 6,20 para R$ 6,10.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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