Porto Alegre, 14 de abril 2022 – O preço do suíno vivo e da carcaça seguiu em recuperação no Centro-Sul do país ao longo da semana. Para o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a perspectiva é positiva para os próximos dias, com os agentes de mercado aguardando um bom escoamento da carne por conta da capitalização das famílias e pelo feriado de Páscoa.
Para Maia, o preço da carne bovina, em patamar restritivo para grande parte da população e o ganho de atratividade da carcaça suína frente ao frango congelado também são fatores que podem ajudar no curto prazo. “O ajuste produtivo segue ocorrendo, o que deve trazer efeitos positivos em relação a preços no médio e longo prazo”, afirma.
O analista destaca que o milho permanece em tendência de queda em vários estados, a exemplo de São Paulo e Paraná, o que traz algum alívio aos suinocultores. Ele ressalta, porém, que mesmo com custo em queda e com o suíno apresentando ligeira recuperação na quinzena, as margens da atividade permanecem deterioradas, com risco de quebras elevadas.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 3,22% na semana, passando de R$ 5,05 para R$ 5,21. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 2,33%, de R$ 9,19 para R$ 9,40. A carcaça teve aumento de 3,27%, passando de R$ 7,83 para R$ 8,09.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 59,722 milhões em abril (6 dias úteis), com média diária de US$ 9,953 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 27,608 mil toneladas, com média diária de 4,601 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.163,20.
Em relação a abril de 2021, houve baixa de 8,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 5,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 13,1% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 110,00 para R$ 115,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,05. No interior do estado a cotação passou de R$ 4,90 para R$ 5,05.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,10. No interior catarinense, a cotação subiu de R$ 4,80 para R$ 5,10. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 4,80 para R$ 5,10 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande avançou de R$ 4,60 para R$ 4,75, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,00. Em Goiânia, o preço mudou de R$ 5,20 para R$ 5,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno seguiu em R$ 5,80. No mercado independente mineiro, o preço subiu de R$ 5,80 para R$ 6,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 4,55 para R$ 4,75. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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