São Paulo, SP – A Petrobras informou que assinou com a empresa Consag Engenharia S.A. os três primeiros contratos, resultados de licitações, para a conclusão da construção do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. Esses contratos, com valor aproximado de R$ 4,9 bilhões, contemplam a implantação da Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), da Unidade de Hidrotratamento de Diesel S10 (UHDT-D) e da Unidade de Destilação Atmosférica (UDA). O valor já está previsto no Plano de Negócios 2025-2029. A conclusão do projeto contará ainda com outros pacotes de serviços, que se encontram em processo de licitação.
Segundo o comunicado, a continuidade da implantação do Trem 2 da RNEST é fundamentada em uma avaliação criteriosa do projeto que, à luz das premissas do Plano de Negócios 2025-2029, confirmou sua atratividade econômica. A decisão foi submetida à aprovação pelas instâncias competentes, em conformidade com os procedimentos de governança da companhia.
A UCR terá potencial para processar até 75 mil barris/dia de carga, enquanto a UHDT-D poderá operar com até 82 mil barris/dia. Já a UDA contará com capacidade de 130 mil barris/dia. Esses volumes destacam a relevância da RNEST na ampliação da produção de derivados de maior valor agregado no parque de refino da Petrobras, promovendo ganhos em produtividade e contribuindo para o fornecimento de combustíveis com baixo teor de enxofre.
A RNEST iniciou suas operações em 2014 com o primeiro conjunto de unidades (Trem 1). É a mais moderna refinaria da Petrobras e contribui para atender à demanda nacional por derivados de petróleo. A unidade conta com avançadas tecnologias e tem o maior nível de automação do parque de refino da companhia.
Em março deste ano, foram concluídas as obras de modernização do Trem 1. Antes, em dezembro de 2024, a RNEST iniciou a operação da unidade SNOX, primeira do tipo no refino brasileiro, responsável por reduzir emissões de óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) e por produzir ácido sulfúrico, um novo produto comercializado pela refinaria, que, além de rentável, contribuiu com a preservação do meio ambiente.
No total, as obras do Trem 2 da RNEST têm potencial de gerar, aproximadamente, 30 mil empregos diretos e indiretos. A previsão é que as unidades entrem em operação em 2029, permitindo dobrar a capacidade instalada da refinaria, passando dos atuais 130 mil barris/dia para 260 mil barris/dia, tornando-se a segunda maior refinaria da Petrobras em capacidade de processamento de petróleo.
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