Na véspera do USDA, aversão ao risco aprofunda perdas técnicas da soja em Chicago

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    Porto Alegre, 7 de março de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. O desempenho de outros mercados e a expectativa com o relatório do USDA aprofundaram as perdas, em dia de realização de lucros.

    A aversão ao risco aumentou após o presidente do banco central americano, Jerome Powell, ter indicado que a política de juros do país seguirá austera. O petróleo e as bolsas caíram, enquanto o dólar subiu. A cautela atingiu também as commodities agrícolas.

    Além dos dados do USDA, o mercado seguirá de olho nas lavouras sul-americanas. A estiagem comprometeu o potencial produtivo na Argentina e no Rio Grande do Sul. Apesar de atrasada, a colheita no restante do Brasil avança e os sinais são de uma produção recorde, superando 150 milhões de toneladas.

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve cortar a sua estimativa para os estoques finais dos Estados Unidos em 2022/23. Além disso, é esperada nova redução na projeção de safra da Argentina. O relatório de março do Departamento será divulgado na quarta, 8, às 14h.

    Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 219 milhões de bushels em 2022/23. Em fevereiro, a previsão ficou em 225 milhões de bushels.

    Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 100,1 milhões de toneladas, contra 102 milhões previstos em fevereiro.

    O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 41 milhões para 36,3 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão mantida e,m 153 milhões de toneladas.

    Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 13,50 centavos ou 0,88% a US$ 15,15 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 15,04 3/4 por bushel, com perda de 12,00 centavos de dólar ou 0,79%.

    Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 5,60 ou 1,13% a US$ 487,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 58,66 centavos de dólar, com perda de 1,79 centavo ou 2,96%.

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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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