São Paulo, SP – A agência de classificação Moody’s atribuiu hoje o rating Ba1 às notas seniores, com vencimento em 2030 e 2036, a serem emitidas pela Petrobras Global Finance B.V. e garantidas total e incondicionalmente pela Petrobras. Os ratings atuais da Petrobras, incluindo seu Rating Corporativo (CFR) Ba1, permanecem inalterados. A perspectiva é estável. A emissão proposta será utilizada para fins corporativos gerais, não afetando, portanto, as
métricas de proteção de dívida da empresa.
Segundo a Moody’s, o Rating Corporativo (CFR) Ba1 e a Avaliação de Crédito Base (BCA) ba1 da Petrobras, que mede o risco de crédito individual de uma empresa sem o suporte governamental, refletem as fortes métricas de crédito da empresa para sua categoria de rating e seu histórico de melhorias operacionais e financeiras. Por outro lado, o rating da empresa é limitado por sua exposição a potenciais mudanças de política monetária e pelo risco de interferência
governamental em suas decisões de negócios.
“Apesar de ser uma entidade governamental, a probabilidade de a Petrobras entrar em default em decorrência de dificuldades financeiras soberanas é baixa, devido às suas sólidas métricas financeiras e estrutura de capital; à sua baixa dependência de fontes de financiamento domésticas; à sua limitada exposição ao risco cambial, devido à baixa participação no negócio de refino; e ao fato de cerca de 30% de suas vendas serem relacionadas a exportações.
Além disso, esperamos que a disciplina operacional e financeira da empresa continue a sustentar sua geração de caixa, o que ajudará a sustentar sua atual estrutura de capital”, explicou a agência.
A análise ressaltou que a redução da alavancagem tem sido uma prioridade para a Petrobras há vários anos. A meta de dívida bruta da Petrobras (incluindo arrendamentos, mas não passivos de pensão) era de US$ 60 bilhões a ser atingida até o final de 2022, mas foi alcançada no terceiro trimestre de 2020. Em 2024, com o objetivo de proporcionar maior flexibilidade na gestão de caixa, a empresa revisou seu teto de dívida para US$ 75 bilhões. Em junho de 2025, a dívida da empresa atingiu US$ 68,1 bilhões, e a Petrobras planeja estabilizá-la em US$ 65 bilhões.
“A Petrobras atingiu sua meta antes do previsto, aumentando a eficiência operacional por meio de iniciativas de redução de custos e reduzindo e adiando os planos de investimento de capital durante a pandemia do coronavírus em 2020, auxiliada pelos preços mais altos do petróleo bruto em 2021 e vendas de ativos. A alavancagem caiu para 1,8x nos 12 meses encerrados em junho de 2025, de 3,3x em 2020, apoiada por sólidas margens de refino, controle de custos e vendas de ativos. Esperamos que a alavancagem permaneça relativamente estável em 2025, mesmo com a emissão proposta. Presumimos um preço médio do Brent de US$ 67,5/barril para 2025 e US$ 65/barril para
2026”, apontou a Moody’s.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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