Mercado suíno segue bem ajustado e preços sobem no Centro-Sul

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     Porto Alegre, 24 de junho de 2022 – O mercado brasileiro de suínos segue mostrando sinais de recuperação. O analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, sinaliza que o ambiente de negócios envolvendo o suíno vivo segue apresentou boa fluidez, com um quadro de oferta e demanda equilibrado, o que garantiu sustentação aos preços.

     Maia ressalta, contudo, que há uma expectativa de ligeira queda no consumo no curto prazo devido a descapitalização das famílias, o que pode resultar em uma reposição mais comedida ao longo da cadeia, trazendo um ritmo de negócios mais acirrado.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país avançou 2,29% na semana, passando de R$ 5,95 para R$ 6,09. A média preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu 4,05%, de R$ 9,87 para R$ 10,27. A carcaça teve aumento de 4,91%, passando de R$ 9,43 para R$ 9,89.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 132,00 para R$ 138,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,10. No interior do estado a cotação mudou de R$ 5,90 para R$ 6,20.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,10. No interior catarinense, a cotação subiu de R$ 5,95 para R$ 6,15. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,00 para R$ 6,25 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,20.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 5,60 para R$ 5,90, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,00. Em Goiânia, o preço seguiu em R$ 7,10. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno continuou em R$ 7,30. No mercado independente mineiro, o preço permaneceu em R$ 7,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 5,65 para R$ 5,90. Já na integração do estado o quilo vivo seguiu em R$ 5,00.

     Maia destaca que os dados da exportação até a terceira semana de junho foram bons, tanto para o volume como para o preço médio da tonelada, que atingiu o maior patamar do ano.

     No cenário exportador, uma notícia importante foi que as autoridades sanitárias do Canadá anunciaram a habilitação de outras duas plantas a embarcar a proteína nacional, conforme informou ontem o Ministério da Agricultura à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

     Com as novas habilitações, o Brasil passa a contar com cinco unidades produtoras autorizadas a exportar carne suína para o mercado canadense. A abertura sanitária do mercado foi consolidada em março deste ano, após anos de negociações entre as autoridades dos dois países, como resultado direto das ações do Ministério da Agricultura, da Embaixada Brasileira e da adidância agrícola brasileira em Ottawa.

     Assim como as três primeiras habilitações, as duas novas plantas habilitadas estão localizadas no estado de Santa Catarina. São unidades da Pamplona Alimentos, de Presidente Getúlio (SC), e da Cooperativa Central Aurora, de Joaçaba (SC).

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 137,980 milhões em junho (12 dias úteis), com média diária de US$ 11,498 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 56,684 mil toneladas, com média diária de 4,723 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.434,20.

     Em relação a junho de 2021, houve baixa de 5,2% no valor médio diário, alta de 1,6% na quantidade média diária e queda de 6,6% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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