Mercado doméstico de algodão foi marcado por preços de estáveis a mais fracos

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     Porto Alegre, 7 de junho de 2024 – A última semana foi de preços estáveis a mais fracos no mercado brasileiro de algodão. A entressafra pode limitar esta desvalorização do produto nacional diante da oferta mais curta. Mas o comprador já está de olho na colheita da safra nova. E, ao longo dos últimos dias, houve alguns negócios entre trading e produtor para entrega futura, informou a Safras Consultoria.

     Enquanto isso, a indústria doméstica veio negociando da mão para boca para atender uma necessidade pontual. Na quinta-feira (06), a indicação dos preços no CIF do mercado paulista ficou em R$ 3,90 por libra-peso sem ICMS. Em relação há uma semana, houve desvalorização de 0,26%, quando o algodão era negociado a R$ 3,89 por libra-peso.

     No FOB exportação do porto de Santos/SP, o valor de referência ante ao contrato Julho/24 negociado na ICE Futures US fechou 4,82% inferior a pluma brasileira negociada a 71,80 centavos de dólar/libra-peso. Há uma semana, era de 10,13% inferior, quando era cotada 72,19 centavos de dólar/libra-peso. Com isso, o prêmio pago pelo algodão brasileiro ficou em -3,64 centavos e há uma semana a indicação era de -8,91 centavos/libra-peso contra ICE US.

Produção de MT para safra 2023/24 – Imea

     A estimativa de área plantada de algodão para a safra 2023/24, em Mato Grosso, foi mantida pelo Instituto no relatório de maio/24. Estimada em 1,41 milhão de hectares, o indicador aponta uma área de cultivo 16,84% superior ao registrado na safra 2022/23. Cabe lembrar que o aumento observado foi resultado do cenário de menor rentabilidade do milho em relação ao algodão, bem como a redução nos custos da cotonicultura, que possibilitaram o efetivo aumento na área dedicada ao cultivo da fibra natural, por parte dos produtores que já possuíam a estrutura necessária. Dessa forma, a área destinada à primeira safra de algodão segue estimada em 0,25 milhão de hectares, e em 1,15 milhão de hectares para as áreas de segunda safra, incrementos de 35,90% e 13,37% em relação à safra passada, respectivamente.

     Já em relação à produtividade das lavouras, o indicador exibiu incremento de 2,41% em relação à estimativa de abr/24, e foi projetada em 291,10 @/ha, volume 6,44% inferior ao registrado na safra 2022/23. O aumento mensal registrado na estimativa de produtividade foi pautado pelo bom desenvolvimento das lavouras até o momento, relacionado, principalmente, ao bom volume de chuvas observado no início do ciclo. No entanto, de acordo com informantes do Imea, foram relatados alguns casos de podridão no baixeiro da planta, bem como alguns casos de mancha-alvo nas lavouras, o que pode impedir maiores rendimentos produtivos no algodoeiro. Portanto, além dessas questões, a incidência de chuvas nas próximas semanas pode afetar as últimas etapas do desenvolvimento das lavouras de algodão no estado.

     Por fim, considerando o reajuste na produtividade, para a safra 2023/24, a produção de algodão em caroço ficou projetada em 6,14 milhões de toneladas, 2,41% superior à última estimativa e 9,32% superior à safra 2022/23. No que tange à produção de pluma, esta ficou estimada em 2,55 milhões de toneladas.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News

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