Mercado de frango tem estabilidade, ainda procurando recuperação nos preços

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Porto Alegre, 11 de novembro de 2022 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado segue com sintomas de excesso de oferta, o que impede um movimento de alta significativo neste último bimestre de 2022. Apesar disso, como o consumo da proteína aumenta nesta época do ano, há otimismo de uma recuperação nos preços.

No quilo vivo, os preços se mantiveram em todos estados. A recuperação de preços ainda segue difícil, por conta do ingresso de maiores ofertas resultados de um alojamento de pintos elevado em agosto, que impossibilitou um avanço nas cotações e foi determinante para a queda do mercado.

Iglesias sinaliza que os custos da nutrição animal ainda exercem pressão sobre a margem da atividade, que fica negativa, em consequência dos preços elevados do milho e do farelo de soja. De acordo com o analista, o cenário deve seguir ao longo do primeiro semestre de 2023, por conta da menor oferta de milho na safra verão e da forte demanda pela soja, juntamente com a expectativa de aumento na disponibilidade de carne bovina no Brasil. “Todo esse cenário aumenta a necessidade de novos ajustes de oferta pelo setor avícola no primeiro semestre para a busca de um equilíbrio”, afirmou, em palestra da SAFRAS Agri Week.

Segundo o analista, o consumo interno no próximo ano será fundamental para que o setor encontre novamente um ponto de equilíbrio, uma vez que o Brasil tem grande destaque nas exportações e deverá seguir tendo. “O Brasil deverá seguir liderando as exportações mundiais de carne de frango em 2023, com embarques projetados em 4,814 milhões de toneladas, volume 1,85% maior frente ao estimado para este ano”, disse Iglesias.

De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito se manteve em R$ 9,35, o quilo da coxa em R$ 7,60 e o quilo da asa em R$ 11,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,50, o quilo da coxa em R$ 7,80 e o quilo da asa em R$ 11,90.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana também não teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito ficou em R$ 9,45, o quilo da coxa em R$ 7,70 e quilo da asa em R$ 11,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,60, o quilo da coxa em R$ 7,90 e o quilo da asa em R$ 12,00.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo teve estabilidade em R$ 5,20 e em São Paulo de R$ 5,50.

Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 4,30 e na integração do oeste do Paraná em R$ 5,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,15, em Goiás em R$ 5,15 e no Distrito Federal em R$ 5,20.

Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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