Porto Alegre, 30 de maio de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar com negociações lentas, seguindo a mesma dinâmica observada nas últimas semanas de impasse entre consumidores e produtores. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago registra baixa, enquanto o dólar sobe frente ao real.
O mercado brasileiro de milho teve ritmo de negócios lento durante a quinta-feira. Segundo a Safras Consultoria, os produtores estão mais retraídos na fixação de oferta devido à possibilidade de geadas nos próximos dias.
Por outro lado, a postura dos consumidores é semelhante ao registrado nos últimos dias, comedidos nas negociações, apontando tranquilidade em relação a abastecimento e aguardando preços mais fracos à frente por conta da safrinha. No dia, atenções voltadas também para a valorização do real frente ao dólar, para a queda dos futuros do milho (CBOT e B3) e para a paridade de exportação.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 68,50/71,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 68,00/72,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 63,00/66,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 68,00/69,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 73,50/74,50 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 67,00/69,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 68,00/69,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 70,00/72,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 54,00/58,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em julho de 2025 operaram cotados a US$ 4,47 3/4 por bushel, alta de 0,75 centavo, ou 0,16% em relação ao fechamento anterior.
* O mercado manteve o ritmo de queda dos últimos dias, pressionado pela força do dólar frente a outras moedas e pela expectativa de uma boa produção, principalmente nas safras da América do Sul e Estados Unidos. As perdas do petróleo em Nova York complementaram o quadro negativo.
* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2024/25, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 916.700 toneladas na semana encerrada em 22 de maio. O Japão liderou as compras, com 214.400 toneladas.
* Para a temporada 2025/26, ficaram em 31.000 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 800 mil e 1,6 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
* Ontem (29), os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com baixa de 4,00 centavos, ou 0,88%, cotados a US$ 4,47 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com recuo de 2,25 centavos, ou 0,50%, cotados a US$ 4,41 1/4 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,6839. O Dollar Index registra valorização de 0,12% a 99,40 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços fracos. Xangai, -0,47%. Japão, -1,22%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices altos. Paris, + 0,06%. Frankfurt, + 0,67%. Londres, + 0,51%.
* O petróleo opera com preços levemente mais altos. Julho do WTI em NY: US$ 60,72 o barril (-0,36%)
AGENDA
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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