Mercado brasileiro de milho deve continuar com negociações comedidas

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milho

Porto Alegre, 21 de dezembro de 2023 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de negociações comedidas. Perto do final de ano, os investidores enxergam dificuldade na logística e atuam de maneira retraída nos negócios. Fatores como clima, desenvolvimento da safra, variação cambial e preços dos futuros ainda são avaliados para demais tomadas de decisão. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago registra preços mais altos. Enquanto isso, o dólar recua em relação ao real.

O mercado brasileiro de milho esteve arrastado nesta quarta-feira, com preços firmes. A postura dos produtores segue inalterada, optando pela retenção da oferta, avaliando que os preços podem continuar subindo, especulando com o andamento do clima e da próxima safra, indica a SAFRAS Consultoria. Os consumidores estão buscando lotes, para posicionamento antes da virada de ano, como é o caso de São Paulo e Paraná, mas querem escutar preços. A liquidez do mercado físico deve cair ao longo dos próximos dias, devido às festividades. Além disso, a logística deve ficar mais difícil.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 67,50/71,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 66,50/70,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 60,00/63,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 70,00/72,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 74,00/76,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 67,00/70,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 70,00/72,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 62,00/65,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 45,00/50,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em março de 2024 estão cotados a US$ 4,69 1/2 por bushel, baixa de 0,75 centavo de dólar, ou 0,05%, em relação ao fechamento anterior.

* Em sessão volátil, o mercado oscila entre os territórios positivo e negativo. As cotações operam próximas às mínimas após o governo dos Estados Unidos fechar duas importantes rotas ferroviárias para o México, o maior importador de cereal estadunidense, em resposta a um aumento da travessia de migrantes. Por outro lado, os preços são sustentados por um movimento de recuperação frente as recentes perdas do milho e pela desaceleração do dólar frente a outras moedas.

* Ontem (20), os contratos de milho com entrega em março de 2024 fecharam a US$ 4,69 3/4 por bushel, recuo de 3,00 centavos de dólar, ou 0,63%, em relação ao fechamento anterior. A posição maio de 2024 fechou a sessão a US$ 4,82 1/2 por bushel, baixa de 2,75 centavos de dólar, ou 0,56%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra baixa de 0,37%, a R$ 4,8927. O Dollar Index registra desvalorização de 0,35% a 102,05 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, +0,57%. Japão, -1,59%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices fracos. Paris, -0,51%. Frankfurt, -0,53%. Londres, -0,49%.

* O petróleo opera em baixa. Janeiro do WTI em NY: US$ 73,46 o barril (-1,02%).

AGENDA

– EUA: A terceira leitura do PIB do terceiro trimestre será publicada às 10h30 pelo Departamento do Comércio.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados sobre o desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (22/12)

– Japão: A leitura do índice de preços ao consumidor de novembro será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Japão: A ata da reunião dos dias 30 e 31 de outubro será publicada na noite anterior pelo BOJ.

– Reino Unido: A leitura do PIB do terceiro trimestre será publicada às 4h pelo departamento de estatísticas.

– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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