São Paulo, SP – A CPFL divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), com lucro líquido de R$ 1,61 bilhão, queda de 8% em relação ao mesmo período do ano passado (1T24). Segundo a companhia, o resultado foi impactado pelo menor desempenho do Ebitda do trimestre, as maiores despesas financeiras líquidas e uma maior alíquota efetiva (32,5% no 1T25 ante 29,3% no 1T24).
O Ebitda foi de R$ 3,85 bilhões, queda de 0,4% em relação ao 1T24, refletindo o efeito extraordinário da remensuração a valor justo em investimento registrado na Paulista Lajeado. Expurgando esse efeito, o desempenho seria positivo, explicado principalmente pelo melhor desempenho da Distribuição, com maior carga na área de concessão, e pelo aumento da margem do segmento de Transmissão.
A receita operacional líquida foi de R$ 10,6 bilhões, alta de 4,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2024. A companhia terminou o 1T25 com posição de caixa de R$ 4,1 bilhões e índice de cobertura de caixa de 0,97 vezes as amortizações de curto prazo. A dívida líquida alcançou 2,04 vezes o EBITDA, no critério de medição dos covenants financeiros.
No segmento de Distribuição, as vendas de energia na área de concessão tiveram um acréscimo de 1,6%, com destaque para as classes residencial e industrial que apresentaram crescimentos de 2,7% e 1,3%, respectivamente, favorecidas pelo crescimento vegetativo e efeitos macroeconômicos. Além disso, PDD teve uma melhora de aproximadamente 31% em relação ao mesmo período do ano passado. O índice de perdas consolidado da CPFL Energia no período apresentou uma redução de 0,37 p.p., na comparação com o mesmo período do ano anterior, devido à temperatura mais amena no estado de São Paulo no trimestre, o que contribui para menores perdas.
No segmento de Geração, apesar das restrições de geração, a energia eólica gerada teve alta de 5%, em comparação com 2024. O curtailment impediu que a geração crescesse mais 22%, o que representou um impacto de R$ 47 milhões no Ebitda do 1T25.
Com relação ao Capex, foram realizados investimentos no total de R$ 1,2 bilhão, uma alta de 13,2%, onde aproximadamente 82% desse montante foi destinado à Distribuição. No ano, a estimativa é atingir um Capex de R$ 6,5 bilhões.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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