A BB Seguridade apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 1,995 bilhão, uma alta de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado, porém 8,2% inferior ao do último trimestre de 2024, descontando os efeitos extraordinários. O indicador totaliza R$2,1 bilhões ao desconsiderar o descasamento temporal na atualização de ativos e passivos dos planos tradicionais da Brasilprev.
Os principais fatores que levaram ao incremento de R$152,4 milhões (+8,3%) em comparação ao lucro reportado no 1T24 foram: Brasilseg (+R$66,0 milhões), com crescimento do resultado financeiro e queda da sinistralidade; BB Corretora (+R$56,0 milhões), com alta das receitas de corretagem no segmento de seguros e crescimento do resultado financeiro; e Brasilprev (+R$38,0 milhões), impulsionada pelo resultado financeiro e pelo crescimento das receitas com taxa de gestão. Por outro lado, a contribuição da Brasilcap para o lucro contraiu R$11,2 milhões decorrente da queda do resultado financeiro, com o ajuste negativo de operações de hedge e a alta do custo do passivo.
André Haui, presidente da BB Seguridade, afirma que “apresentamos nesse trimestre mais um resultado positivo, entregue a partir de uma estratégia orientada pela centralidade do cliente nas nossas decisões e ações estratégicas, oferecendo soluções modernas, personalizadas e sustentáveis. Seguimos inovando para sermos referência em proteção, segurança e tranquilidade.
Os negócios de distribuição da seguradora, que envolve Brasilseg, Braseilprev, Brasilcap e BB Corretora, somaram R$ 849,248 milhões no trimestre, 7,1% maior que o visto no mesmo período de 2024 e 1,0% menor que o apurado no 4T24.
No 1T25, o resultado financeiro combinado da BB Seguridade e de suas investidas atingiu R$319,9 milhões, líquido de impostos, montante 37,9% superior ao reportado no mesmo período de 2024. A variação em relação ao 1T24 é explicada em grande parte por: (i) redução do resultado negativo de marcação a mercado (1T25: -R$10,3 milhões | 1T24: -R$71,3 milhões); (ii) alta da taxa média Selic; e (iii) expansão de 5,6% no saldo médio das aplicações financeiras combinadas.
No 1T25, o lucro líquido do negócio de seguros cresceu 8,7%, impulsionado pela evolução do resultado financeiro (+39,7%) e melhora da sinistralidade (-0,3 p.p.).
Os prêmios emitidos reduziram 5,9% em relação ao mesmo período de 2024, impactados pelos produtos de prestamista (-21,8%) e de seguro agrícola (-40,1%), além do fim da comercialização do produto quebra de garantia de consórcio a partir do 2T24, produto este que contribuiu com R$124,1 milhões em prêmios no 1T24, mas que vinha apresentando rentabilidade abaixo da exigida. Por outro lado, a Companhia apresentou um bom crescimento de prêmios emitidos nas linhas de vida produtor rural (+39,4%), vida (+4,3%), penhor rural (+5,2%), habitacional (+10,6%) e residencial (+13,6%).
O prêmio retido retraiu 1,8% e cresceria 1,6% se desconsiderada a emissão do produto quebra de garantia de consórcio no 1T24. Os prêmios ganhos retidos cresceram 7,1%, impulsionados pelo reconhecimento das emissões ocorridas em exercícios anteriores, em especial do seguro prestamista, conforme dinâmica de diferimento de prêmios.
O índice de despesas gerais e administrativas retraiu 0,1 p.p. em relação ao 1T24, devido a menores despesas com redução ao valor recuperável e pessoal próprio, dinâmica parcialmente compensada por maiores despesas com serviços de terceiros.
No 1T25, o lucro líquido da operação de previdência atingiu R$356,1 milhões e foi 16,6% superior ao reportado no mesmo período de 2024. Tal desempenho decorreu em grande parte da melhora do resultado financeiro, que registrou saldo positivo de R$37,3 milhões, ante resultado negativo de R$31,1 milhões no 1T24. O principal fator que explica a variação é o resultado de marcação a mercado nos ativos para negociação, que no 1T24 foi negativo em R$163,8 milhões, enquanto no 1T25 foi positivo em R$6,8 milhões.
No 1T25, o lucro líquido da operação de capitalização foi 23,6% inferior ao reportado no mesmo período de 2024, alcançando R$54,0 milhões. A queda no comparativo é atribuída à redução de 41,8% do resultado financeiro, impactado pelo ajuste negativo de operações de hedge e pela elevação do custo do passivo, decorrente do aumento da Taxa Referencial (TR).
No 1T25, o lucro líquido da BB Corretora cresceu 7,1% em relação ao 1T24, com aumento de receitas e expansão da margem líquida.
GUIDANCE 2025
No 1T25, o crescimento do Resultado Operacional Não Decorrente de Juros ficou posicionado dentro do intervalo projetado para o exercício. Já nos indicadores de prêmios emitidos e reservas de previdência PGBL e VGBL, o desempenho ficou abaixo das projeções, conforme segue:
Prêmios emitidos da Brasilseg: em razão de um desempenho abaixo do previsto nos produtos vinculados ao crédito, em especial seguro agrícola e seguro prestamista; e Reservas de previdência PGBL e VGBL da Brasilprev: o desvio no primeiro trimestre já era previsto em razão do próprio comportamento da taxa de retorno projetada durante o ano, que prevê uma aceleração ao longo dos próximos meses.
Considerando todas as incertezas existentes no ambiente de negócios, inclusive a nível global, a BB Seguridade optou por manter os intervalos do seu Guidance 2025 até que tenha mais clareza sobre variáveis econômicas relevantes para o desempenho comercial.