São Paulo, SP – O lucro líquido do Banco do Brasil diminuiu 60,2% no segundo trimestre, para R$ 3,78 bilhões, enquanto o resultado ajustado – que remove os efeitos de ganhos ou despesas não recorrentes – ficou positivo em R$ 3,04 bilhões, caindo 66,1% em relação a um ano antes. No primeiro semestre de 2025, o banco teve lucro líquido ajustado de R$ 11,2 bilhões e contábil de R$ 9,8 bilhões, quedas de 40,7% e 44,7%, na comparação anual, respectivamente.
A carteira de crédito do Banco do Brasil aumentou 11,2%, para R$ 1,3 trilhão no 2T25. O valor considera carteira de crédito classificada adicionada das operações com títulos e valores mobiliários privados (TVM privados) e das garantias prestadas. A carteira PF avançou 8,0% para R$ 342,6 milhões, a PJ aumentou 14,7% para R$ 467,9 milhões e a Agro cresceu 8,0% para R$ 404,9 milhões.
Na Pessoa Física, a instituição comentou que o crescimento de 8,0% em um ano e 2,0% no trimestre
foi impulsionado, principalmente, pela carteira de crédito consignado (+2,5% t/t e +8,6% a/a),
crédito não consignado (+3,8% t/t e +11,2% a/a) e cartão de crédito (+2,9% t/t e +13,0% a/a).
Na PJ, o crescimento de 14,7% em um ano e 1,8% no trimestre, com maior contribuição da carteira de Grandes Empresas expandida, que apresentou saldo superior a R$ 271 bilhões e da carteira de clientes governo que alcançou R$ 75,0 bilhões.
Em relação à carteira Agronegócio, em que o BB teve crescimento de 8,0% nos últimos 12 meses e relativa estabilidade na comparação com março, totalizando R$ 404,9 bilhões, a companhia comentou: “Durante o período do Plano da Safra 24/25 (julho/24 a junho/25), o Banco do Brasil desembolsou R$ 225,8 bilhões. O BB mantém-se historicamente como o principal agente financeiro do agronegócio no país, contribuindo de forma expressiva para o atendimento da demanda de crédito do segmento e anunciou a destinação de até R$ 230 bilhões para o Agronegócio no Plano Safra 2025/2026. Desse total, R$ 54 bilhões serão voltados a pequenos e médios produtores, enquanto R$
106 bilhões atenderão a agricultura empresarial, incluindo grandes produtores, cooperativas e agroindústrias.
Por fim, a Carteira de Crédito Sustentável encerrou junho de 2025 com R$ 396,5 bilhões, financiando atividades que geram impactos socioambientais positivos, como energias renováveis, agricultura sustentável e projetos de infraestrutura sustentável, com alta de 10,6% em 12 meses.
O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE, na sigla em inglês) anualizado e calculado com base no patrimônio líquido contábil deduzido das participações minoritárias – que o Banco do Brasil chama de RSPL Mercado – encolheu para 8,4% no segundo trimestre deste ano, de 21,6%. A taxa de empréstimos inadimplentes há mais de 90 dias cresceu 1,21 pp em relação a um ano antes, para 4,21% da carteira de crédito ampliada.
Crédito do Trabalhador
Desde o início do Programa, em março deste ano, o BB já desembolsou mais de R$ 7 bilhões, com um market share de cerca de 24%, materializando nosso protagonismo no Crédito Consignado. Foram realizados negócios em mais de 5 mil municípios brasileiros, demonstrando a capilaridade e alcance da estratégia figital do BB. Com uma plataforma de análise que integra um amplo conjunto de dados e informações de relacionamento com empresas e trabalhadores, o Banco oferece propostas personalizadas, seguras e eficientes, reforçando seu compromisso com uma atuação cada vez mais inclusiva e centrada no cliente.
Projeções
Em fato relevante, o Banco do Brasil (BB) comunica a revisão das Projeções Corporativas para Carteira de Crédito e a retomada dos intervalos para as linhas de Custo do Crédito, Margem Financeira Bruta e Lucro Líquido Ajustado, a partir de uma reavaliação dos impactos do cenário atual e em linha com as melhores expectativas correntes da administração para 2025, conforme segue:
A Carteira de Crédito, que tinha a previsão de variação no intervalo entre 5,5% a 9,5% foi revisada para uma variação entre 3,0% a 6,0%. No semestre, o indicador cresceu 10,3%.
A projeção para carteira Pessoas Físicas passou de uma variação 7,0% a 11,0% para 7,0% a 10,0%, tendo variado 8,0% no 1S25; Empresas mudou de variação entre 4,0% a 8,0%, para 0 a 3,0% e realizou 15,2%; Agronegócios, reduziu de variação de 5,0% a 9,0%, para 3,0% a 6,0% e realizou 8,0%; a carteira Sustentável mudou para variação de 7,0% a 11,0%, para 7,0% a 10,0%, com 10,6% realizado.
Os indicadores Margem Financeira Bruta, Custo do Crédito e Lucro Líquido Ajustado, passaram de “Em revisão” para as seguintes projeções (em R$ bilhões): 102,0 a 105,0; 53,0 a 56,0 e 11,2 21,0 a 25,0.
Foram mantidas as previsões para “Receitas de Prestação de Serviços” e “Despesas Administrativas” (ambas em R$ bilhões), de 34,5 a 36,5 e 38,5 a 40,0.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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