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Governo busca diálogo com EUA em relação às tarifas ao aço e alumínio, diz Alckmin

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São Paulo, 17 de março de 2025 – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse, nesta segunda-feira, que o Brasil tem mantido diálogo com representantes do governo dos Estados Unidos em busca de uma solução para a sobretaxa no aço e alumínio.

“O Brasil não é problema para os Estados Unidos, eles têm superávit com o Brasil, tanto em bens quanto principalmente em serviços. Do outro lado, os 10 produtos dos Estados Unidos mais exportam para o Brasil oito deles a alíquota é zero, é ex-tarifário, não tem imposto, alíquota de importação zero”, afirmou o vice-presidente, em entrevista a jornalistas após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Jorge Nascimento, em Brasília.

O ministro disse que conversou com o secretário responsável do governo americano e com o embaixador Grier e que abriram a negociação. “Depois, em seguida o nosso chanceler Mauro Vieira também teve uma conversa com o embaixador Grier e optamos por fazer através da Atec [Acordo de Comércio e Cooperação Econômica], que é a Atec é a entidade, é um tipo de parceria para a questão econômica, detalhou Alckmin.

Segundo o ministro, o governo brasileiro está buscando o diálogo para negociar a questão tarifária. Teve uma primeira reunião na sexta-feira com os órgãos técnicos. E vão ocorrer outras reuniões, em seguida. O caminho é o caminho do diálogo, de fazer o ganha-ganha.

Em relação aos impactos esperado pela taxação de 25% sobre o aço e alumínio pelos Estados Unidos, confirmado na última quarta-feira (11), o presidente da Eletros, Jorge Nascimento, disse que “a entidade tem dialogado com o governo para que haja uma composição adequada”, citando a alta do câmbio em 2024 como exemplo, e que espera manter isso para ajustar possíveis impactos da taxação.

Vendas de eletroeletrônicos crescem 29% em 2024

Em 2024, a indústria brasileira vendeu ao varejo 117,7 milhões de aparelhos eletroeletrônicos, como televisões, geladeiras, fogões e aparelhos de ar-condicionado, registrando um aumento de 29% em relação às vendas de 2023. Este é o melhor desempenho do setor da última década, de acordo com o balanço da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (17) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, pelo presidente da Eletros, Jorge Nascimento.

A boa notícia não sai só do forno. Ela sai da geladeira, da TV, da air fryer, do ventilador, brincou o ministro ao comentar com a imprensa os dados do setor eletroeletrônico.

Para Alckmin, o balanço positivo do setor eletroeletrônico é resultado do crescimento de 3,4% da economia em 2024, do aumento real dos salários e das políticas de estímulo à indústria brasileira.

Isso reflete, de um lado, a melhora de renda da população; o emprego cresceu, a massa salarial cresceu; e a política industrial, a Nova Indústria Brasil, Depreciação Acelerada para trocar máquinas. É um setor que pode crescer mais ainda com data centers, que é produtor dos grandes equipamentos para data centers, ressaltou o vice-presidente, que destacou os programas para que disponibilizam crédito para fortalecer a indústria nacional, como a Letra de Crédito do Desenvolvimento, o Novo Padis, Brasil Semicom, Lei do Bem e a Lei da Informática.

Empresa que quiser ser global, ela tem que estar no Brasil. Nós estamos falando de uma das maiores economias do mundo, concluiu o ministro Geraldo Alckmin.

Crescimento em todos os segmentos

Para o presidente executivo da Eletros, o setor teve um ano de grande retomada e superação. Os resultados alcançados, ainda que influenciados por diversos fatores, como o econômico e o climático, mostram a força da indústria nacional, sua capacidade de atender à demanda e corresponder às expectativas do consumidor, que busca produtos cada vez mais modernos, eficientes e acessíveis”, afirmou Jorge Nascimento.

O segmento de ar-condicionado foi o destaque do ano, com crescimento de 38% em relação a 2023. A produção atingiu 5,8 milhões de unidades, superando as 4,2 milhões do ano anterior.

Com aumento de 33% nas vendas, a linha portátil, que envolve cafeteiras, secadores de cabelo e ferro de passar, comercializou 80,8 milhões de equipamentos em 2024 19,8 milhões a mais do que no ano anterior.

As vendas de aparelhos da linha branca, da qual fazem parte fogões, máquinas de lavar e geladeiras, cresceram 17%, passando de 13,3 milhões, em 2023, para 15,6 milhões no ano passado.

O segmento de linha marrom, composto principalmente por televisores e equipamentos de áudio, cresceu 22% em relação a 2023. A produção atingiu 13,4 milhões de unidades, contra 10,9 milhões no ano anterior. Mesmo após as Olimpíadas, o setor manteve um ritmo forte de crescimento, alcançando seu maior volume em 10 anos.

Perspectivas para 2025

Até 2027, a Eletros estima R$ 5 bilhões em investimento para novos negócios do setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos e ampliação de indústrias já existentes. As projeções da Eletros para 2025 indicam um crescimento entre 8% e 10% no cenário mais otimista. Em uma visão mais conservadora, a estimativa é de um avanço médio de 5%.

Do ponto de vista estratégico, o setor seguirá com uma agenda voltada à competitividade, em alinhamento com a Nova Indústria Brasil e outras políticas públicas focadas em eficiência energética, estímulo à demanda por produtos mais modernos, modernização das linhas de produção, fortalecimento da cadeia de suprimentos, investimentos em infraestrutura logística e incentivo à exportação.

“A Eletros tem trabalhado em parceria com o Poder Público para não apenas superar desafios, mas também fortalecer a indústria nacional, reconhecendo sua importância para o setor produtivo brasileiro”, finaliza Nascimento.

As informações partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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