São Paulo, 27 de maio de 2025 – O acompanhamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou, nesta terça-feira, que os preços do litro da gasolina e do diesel nas principais refinarias do País estavam 1% mais baratos, em média, que os preços destes combustíveis no exterior, que correspondem a diferenças de -R$ 0,02 na gasolina e -R$ 0,05 no diesel, respectivamente.
“Com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, comentou a Abicom, no relatório de hoje.
Ainda conforme a medição de hoje da Abicom, a variação nos polos operados pela Petrobras, por sua vez, indicou que o preço da gasolina estava em linha (0%, R$ 0,00) com o preço do combustível no exterior, em média, enquanto o do diesel nos mesmos polos estava -1% (-R$ 0,04) abaixo do preço de paridade de importação (PPI), em média, na mesma base de comparação.
O PPI foi desenvolvido e é atualizado em parceria pela Abicom com a StoneX Brasil para os dados dos valores de referência para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo considerando os fechamentos do mercado do dia anterior. Ou seja, nesta terça-feira, o parâmetro foi o fechamento de ontem (26). Outro parâmetro usado para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros é o preço praticado no Golfo do México.
A medição de hoje ocorreu 22 dias após a vigência da redução linear média de R$ 0,16 por litro no diesel S10 pela Petrobras, em 6 de maio. Já a gasolina está 322 dias sem reajuste, desde o aumento linear médio de R$ 0,20 por litro pela Petrobras, em 9 de julho de 2024.
Na última quarta (21), a Acelen, no Polo Aratu-BA, não alterou os preços do óleo diesel A e da gasolina A. Com isso, os preços médios de ambos os combustíveis operam acima ou abaixo da paridade a depender dos polos analisados.
A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, fechou na sessão de segunda (27) operando em patamar elevado (no fechamento, em R$ 5,66) e pressionando os preços domésticos dos produtos importados, acrescentou a associação.
A entidade também registrou que a oferta de apertada de petróleo segue pressionando os preços futuros da commodity.
Por fim, a Abicom ressalta que as defasagens indicadas no relatório refletem as comparações dos preços das refinarias nacionais de hoje com o PPI calculado considerando os fechamentos dos mercados, não considerando os valores do óleo diesel importado da Rússia, que podem chegar nos portos brasileiros com descontos variáveis. Os estoques atuais estão precificados em bases diferentes que podem ser mais altas ou baixas.
Cynara Escobar / Agência CMA
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