São Paulo, 4 de setembro de 2025 – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), disse que o Gás do Povo “está completamente dentro do Orçamento geral do União”, em entrevista a jornalistas em Belo Horizonte (MG), onde o governo anunciou o lançamento do programa, que garante gratuidade no botijão de gás de cozinha para as famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade.
“Esse programa está completamente dentro do orçamento geral do União. Aqueles que não querem que os pobres sejam tratados com dignidade, sejam tratados dentro do orçamento, sempre usam como argumento que isso vai impactar o orçamento, que isso vai aumentar as despesas. Não, o governo do presidente Lula tem responsabilidade fiscal. Esse Esses recursos foram acomodados dentro do orçamento geral do União. Portanto, o governo do presidente Lula é aquele que cuida do desenvolvimento econômico, cuida das áreas de petróleo, gás, mineração, que desenvolve o país para gerar emprego e renda e fazer inclusão, mas também olha para os mais pobres. E é isso que o presidente Lula veio fazer aqui”, respondeu Silveira.
Desenhado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e operacionalizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Gás do Povo começa a ser pago em novembro. O investimento do governo federal para o programa em 2025 é de R$ 3,57 bilhões, já previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), enquanto a estimativa para o próximo ano é de R$ 5,1 bilhões. A iniciativa vai ampliar para 50 milhões de pessoas, aproximadamente 15,5 milhões de residências, o acesso ao benefício, o triplo do Auxílio Gás.
Presente na cerimônia de lançamento, o ministro Wellington Dias projetou a implementação total do programa. Até o mês de março do próximo ano, queremos alcançar as mais de 15 milhões de famílias beneficiadas com o Gás do Povo.
Presidente Lula e Rodrigo Pacheco discursam no lançamento do programa em Belo Horizonte
O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), em discurso durante a cerimônia de anúncio do Programa “Gás do Povo”, no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG), disse que os programas sociais estão sendo retomados após a destruição que foi feita pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), e do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT-PI), a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo (PT-MG), a primeira-dama Rosângela (Janja) Lula da Silva, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil-MG) e outros políticos e autoridades, também participaram do evento.
“Quando ganhamos as eleições, encontramos o país um pouco desajustado, com mais de 6 mil obras paralisadas. O salário mínimo ficou 7 anos sem aumento. Cadê a Casa Verde Amarela que eles iam construir? Eles tinha acabado com os ministérios da cultura, dos povos indígenas, tivemos que reconstruir tudo. Agora estamos entregando o que foi plantado. Os programas sociais estão voltando agora. Estamos com 28 mil médicos no Mais Médicos, antes não tinha Samu, Farmácia Popular, transposição do rio São Francisco, e agora têm. Fomos eleitos para cuidar do povo mais necessitado desse país. Eu sei o sofrimento que vocês passam quando não têm dinheiro para comprar o gás. É por isso que nós estamos tentando mostrar que o que falta nesse país não é dinheiro, é vontade de governar para os mais pobres”, discursou.
Lula disse que uma das motivações para aumentar a distribuição de gás para mais pessoas foi o preço praticado pelas distribuidoras de GLP na venda do botijão de gás de cozinha. “Viemos anunciar o novo programa Gás do Povo. Um botijão sai da Petrobras a 37 reais e chega em alguns lugares a 130, 140 reais. Então, resolvemos aumentar o programa para chegar a mais pessoas”, comentou.
O presidente e o ministro explicaram que o programa disponibilizará 4 instrumentos para fazer a distribuição dos botijões a quem tiver o cadastro até o dia 30 de outubro: o aplicativo de celular “Gás do Povo” da Caixa Econômica Federal; a distribuição de vales do programa em lotéricas; cartão do Bolsa Família; e um cartão emitido pela Caixa. O benefício é válido para quem está no Cadúnico. Além disso, há um compromisso das distribuidoras de colocar lojas para garantir o Gás do Povo em todo o país.
O prefeito de Belo Horizonte disse que ele e Lula falam “o populês, a língua do povo, porque vivemos desse povo. Me ajude a cuidar do povo de Belo Horizonte, disse Damião. Ele pediu ao presidente a instalação de um instituto federal no Aglomerado da Serra. “Vai contemplar trazendo aqui para a Serra o instituto federal, porque filho de pobre pode ser forte também. Já temos o prometido do Barreiro, mas gostaria de trazer para cá também”, disse.
Na cerimônia, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, chamou o colega de partido, o senador Rodrigo Pacheco, de “futuro governador de Minas” e disse que, “honrando as tradições de Minas, ele fará história como Milton Campos, JK e Tancredo Neves”.
Silveira também disse que “Pacheco é do time de Lula”, assim como se referiu aos demais que estavam no palanque, que, segundo ele, ajudaram Lula a ganhar as eleições em 2022.
Cotado para disputar as eleições para o governo de Minas em 2026, Pacheco teceu críticas ao governo do presidente Donald Trump e à extrema-direita durante seu discurso em Belo Horizonte. As declarações acontecem em meio à escalada de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, que caçaram vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aplicaram a Lei Magnitsky contra o relator da Ação Penal que julga Bolsonaro pela trama golpista, Alexandre de Moraes. “Nós estamos neste momento em uma luta para defender a soberania do nosso país contra o estrangeiro que quer interferir. Pouco importa se estão caçando vistos americanos de autoridades, o que importa é termos nossa cidadania preservada para defender o nosso país”, defendeu o senador.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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