Porto Alegre, 23 de agosto de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta, impulsionados pela sugestão da Arábia Saudita de que poderia cortar a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para sustentar os preços.
“O enfraquecimento da economia dos Estados Unidos deveria ser uma má notícia para o petróleo, mas as leituras econômicas suaves sugerem que a Opep poderá facilmente justificar os cortes de produção em breve. O mercado de petróleo permanecerá apertado se a atividade de negócios continuar a enfraquecer acentuadamente ou se o crescimento econômico permanecer instável”, afirmam analistas da Oanda.
O ministro da Energia saudita disse que a Opep+ tem os meios para lidar com desafios ao mercado, sendo um desses meios o corte de produção, disse a agência de notícias estatal SPA ontem, citando comentários que Abdulaziz bin Salman fez à Bloomberg.
Nos comentários divulgados na segunda-feira, o ministro saudita disse que os mercados físico e eletrônico da commodity se tornaram desconectados.
No entanto, nove fontes da Opep disseram à Reuters que os cortes de produção da Opep+ podem não ser iminentes e coincidirão com o retorno do Irã aos mercados de petróleo, caso Teerã consiga um acordo nuclear com o Ocidente.
Um alto funcionário dos Estados Unidos disse à Reuters que o Irã desistiu de algumas de suas principais exigências nas negociações.
Sublinhando a oferta apertada, os últimos relatórios semanais dos estoques dos Estados Unidos devem mostrar um declínio de 1,1 milhão de barris nos estoques de petróleo.
O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para outubro subiu 3,57%, cotado a US$ 93,74 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro avançou 3,82%, cotado a US$ 100,22 o barril.
As informações partem da Agência CMA.
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