Porto Alegre, 12 de novembro de 2021 – O mercado brasileiro de suínos registrou uma semana de recuperação nos preços, tanto do quilo vivo quanto dos cortes negociados no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, houve um maior acirramento nos negócios, que ganharam fluidez, com os frigoríficos adotando uma postura mais ativa na busca por suínos, o que abriu espaços para correções nos preços do suíno vivo.
Para Maia, a expectativa é de avanço no consumo no curto prazo devido a maior capitalização das famílias. “Outro ponto que pode ajudar a reposição ao longo das próximas semanas e promover ambiente para preços é o preparativo das empresas varejistas para as festividades de final de ano”, pontua.
Por outro lado, há um ponto de cautela na exportação, com uma possível desaceleração da China nas compras devido à crise enfrentada em seu mercado. “Em outubro, os chineses importaram 37,3 mil toneladas de carne suína brasileira, segundo pior desempenho do ano. Por outro lado, o Vietnã e Filipinas ampliaram as exportações compensando parte da queda chinesa”, comenta.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 5,12% na semana, passando de R$ 5,86 para R$ 6,16. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 1,19%, de R$ 10,77 para R$ 10,90. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 9,61, alta de 4,19% frente ao registrado na semana passada, de R$ 9,16.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 41,085 milhões em novembro (3 dias úteis), com média diária de US$ 13,695 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 18,063 mil toneladas, com média diária de 6,021 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.274,50.
Em relação a novembro de 2020, houve alta de 45,27% no valor médio diário da exportação, avanço de 58,08% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 8,1% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 119,00 para R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 5,65 para R$ 5,70. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 5,70 para R$ 6,00.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração retrocedeu de R$ 5,80 para R$ 5,70. No interior catarinense, a cotação passou de R$ 5,80 para R$ 6,15. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,00 para R$ 6,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,65.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande avançou de R$ 5,50 para R$ 5,60, enquanto na integração o preço baixou de R$ 5,60 para R$ 5,50. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 6,00 para R$ 6,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno mudou de R$ 6,40 para R$ 7,50. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 6,50 para R$ 7,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 5,50 para R$ 5,60. Já na integração do estado o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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