Fim do embargo chinês à carne bovina brasileira agita mercado na semana

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    Porto Alegre, 17 de dezembro de 2021 – O mercado físico de boi gordo repercutiu nesta semana o fim do embargo da China à carne bovina do Brasil, com os preços começando a reagir em algumas regiões. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, com o término do embargo, os frigoríficos já começam a realizar algumas compras visando a produção de novos lotes destinados à China.

   “É importante mencionar que a prioridade ainda é o escoamento da carne que foi produzida nos padrões de importação chinesa e ainda não haviam recebido o certificado internacional de exportação, mas ainda há um importante gargalo logístico a ser superado. Para o primeiro bimestre de 2022, o mercado se ressentia de fatores que oferecessem sustentação aos preços. A retomada das compras chinesas é um elemento importante que oferece sustentação aos preços do boi gordo em um momento de fragilidade da demanda doméstica de carne bovina”, assinalou Iglesias.

    Com isso, os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 16 de dezembro:

* São Paulo (Capital) – R$ 320,00 a arroba, na comparação com R$ 310,00 a arroba em 09 de dezembro, subindo 3,23%.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 310,00 a arroba, ante R$ 320,00 (-3,13%).

* Goiânia (Goiás) – R$ 310,00 a arroba, estável.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 300,00 a arroba, contra R$ 320,00 (-6,2%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 305,00 a arroba, contra R$ 300,00 (+1,67%).

Exportação

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 185,693 milhões em dezembro (8 dias úteis), com média diária de US$ 23,211 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 37,849 mil toneladas, com média diária de 4,731 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.906,10.

    Em relação a dezembro de 2020, houve perda de 20,49% no valor médio diário da exportação, queda de 26,97% na quantidade média diária exportada e valorização de 8,88% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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