Escoamento da carne patina e preços do suíno têm forte queda

855

     Porto Alegre, 17 de dezembro de 2021 – O mercado brasileiro de carne suína registrou forte movimento de queda nos preços ao longo da semana, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado. “Os frigoríficos adotaram uma postura cautelosa nas envolvendo suínos vivos, buscando preços mais baixos, avaliando que as câmaras estão cheias e que o escoamento da carne está patinando”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

     A perspectiva é de que o fluxo de negócios siga arrastado até o final do mês, com a proximidades das festividades e a logística travada. “As redes varejistas já estão posicionadas para o fechamento do ano e tendem a atuar de maneira mais efetiva somente no início do próximo ano, para fazer ajuste de estoques”, sinaliza.

     Outro fator de pressão, conforme Maia, é que há sinais de excedente de oferta de animais, o que derruba o poder de barganha do suinocultor, trazendo preocupação aos produtores independentes, considerando que o custo de produção está firme, mantendo, assim, as margens pressionadas.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil caiu 4,38% ao longo da semana, passando de R$ 6,17 para R$ 5,90. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou 5,86%, de R$ 11,21 para R$ 10,56. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 9,43, baixa de 4,44% frente ao registrado no encerramento de outubro, de R$ 9,86.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 65,622 milhões em dezembro (8 dias úteis), com média diária de US$ 8,202 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 29,133 mil toneladas, com média diária de 3,641 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.252,50.

     Em relação a dezembro de 2020, houve alta de 3,42% no valor médio diário da exportação, avanço de 10,89% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,74% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 135,00 para R$ 122,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,65. No interior do estado a cotação caiu de R$ 6,20 para R$ 5,85.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,70. No interior catarinense, a cotação passou de R$ 6,30 para R$ 6,00. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,25 para R$ 5,90 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo recuou de R$ 5,70 para R$ 5,65.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande recuou de R$ 5,85 para R$ 5,60, enquanto na integração o preço permaneceu em R$ 5,50. Em Goiânia, o preço passou de R$ 6,80 para R$ 6,20. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno mudou de R$ 6,80 para R$ 6,40. No mercado independente mineiro, o preço mudou de R$ 7,00 para R$ 6,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis retrocedeu de R$ 5,80 para R$ 5,65. Já na integração do estado o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2021 – Grupo CMA