Porto Alegre, 21 de maio de 2021 – O mercado brasileiro de trigo segue atento ao clima sobre as importantes regiões produtoras. No Brasil, com a ocorrência de chuvas na semana passada, houve recuperação expressiva das condições das lavouras no Paraná, permitindo um maior progresso da semeadura no estado. Conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), os trabalhos atingiam 26% da área, até 18 de maio.
Já no Rio Grande do Sul, a Emater/RS já aponta o início do plantio, mas não indicou um percentual da área semeada. A FecoAgro/RS estima o plantio de 1,05 milhão de hectares em 2021, o que deve proporcionar, com rendimento de 60 sacas por hectare, uma safra recorde ao estado.
Na Argentina, principal fornecedora de trigo ao Brasil, os trabalhos atinge 3,5% da área, conforme a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O clima seco também preocupa os produtores. Além disso, o mercado acompanha a interferência do governo argentino sobre as exportações de carnes. O mesmo pode ocorrer para o setor grãos, o que traz incertezas.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, a comercialização segue lenta no Brasil, com ofertantes retraídos e pouco flexíveis em negociar. “Grande parte da demanda nacional se volta para o mercado externo, elevando a atenção para a volatilidade cambial e os preços na Argentina, que seguem com indicações elevadas”, disse.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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