Porto Alegre, 27 de junho de 2022 – O dólar fechou em R$ 5,2350, com queda de 0,32%. O afrouxamento do lockdown, na China, valorizou as moedas emergentes ligadas às commodities, como o real, e aliviou a pressão das incertezas políticas e fiscais domésticas.
Segundo o sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “ainda existe força para ver o dólar cair novamente, e acho que seja possível quebrar a barreira dos R$ 5,00 antes do período eleitoral”.
Brigato, porém, entende que o cenário doméstico não deixa o real deslanchar: “O fiscal ainda é complicado, e isso é o freio de mão para ver este dólar mais depreciado. Estas manobras de curto prazo são eleitoreiras, e isso é um ponto negativo”, referindo-se aos auxílios e isenções orquestradas pelo governo federal.
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “os juros altos praticados no Brasil e a reabertura da China ajudam a valorizar o real, que continua com os fundamentos técnicos positivos”. Weigt observa que desde o último dia 31 o real caiu 9% ante cesta de moedas emergentes.
De acordo com o boletim da Ajax Capital, “lá fora, a reabertura chinesa dá folego as bolsas e commodities, enquanto o dólar recua no mercado internacional”. No último sábado o governo de Pequim autorizou o retorno presencial às aulas presenciais, assim como o governo de Xangai
comemorou o fato de a cidade de não registrar nenhum caso novo de Covid pela primeira vez em dois meses.
“O maior apetite por risco no externo tende a favorecer ativos domésticos, mas aumento do risco político e fiscal pode limitar os movimentos”, pondera a Ajax, referindo-se à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis, que deve ir hoje à votação no plenário do Senado.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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