Custo de nutrição diminui, mas preços de carne de frango permanecem acomodados

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Porto Alegre, 9 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços de estáveis a mais altos na semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado ainda se depara com preços acomodados.

Iglesias pontua que os custos de nutrição animal ainda recuam nos últimos dias, consequência do recente comportamento dos preços do milho e do farelo de soja. “Mesmo assim, segue necessário manter um alojamento ajustado para evitar quadros nocivos de sobre oferta, da mesma maneira que já foi observado em anos anteriores”, disse.

“Em relação a Influenza Aviária, o Brasil permanece muito bem, ainda com medidas bastante assertivas no combate à doença. Um novo caso foi recentemente confirmado, com 152 focos no total. Destes, 149 deles ocorreram em animais selvagens e apenas 3 em aves de fundo de quintal. Como se sabe, essas ocorrências não alteram em nada o status sanitário brasileiro, que segue como área livre da doença”, destaca.

Em relação ao mercado atacadista, Iglesias explica que os preços voltam a apresentar firmeza, com o ambiente de negócios sugerindo alta no curto prazo. “A entrada dos salários na economia ainda motiva a reposição entre atacado e varejo, justificando esse comportamento”, conclui.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram algumas mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito foi mantido subiu de R$ 9,80 para R$ 10,00, o quilo da coxa de R$ 6,60 para R$ 6,70 e o quilo da asa caiu de R$ 13,20 para R$ 12,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve aumento de R$ 10,00 para R$ 10,25, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,90 e o quilo da asa decaiu de R$ 13,40 para R$ 12,80.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,90 para R$ 10,10, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,80 e o quilo da asa teve redução de R$ 13,30 para R$ 12,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve valorização de R$ 10,10 para R$ 10,35, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 7,00 e o quilo da asa teve desvalorização de R$ 13,50 para R$ 12,90.

O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo ficou em R$ 5,25 e, em São Paulo, em R$ 5,05.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 4,65, em Goiás em R$ 5,15 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,20, no Ceará em R$ 7,00 e, no Pará, em R$ 7,00.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 618,559 milhões em janeiro (22 dias úteis), com média diária de US$ 28,116 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 375,949 mil toneladas, com média diária de 17,088 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.645,30.

Em relação a janeiro de 2023, houve baixa de 20,1% no valor médio diário, recuo de 3,2% na quantidade média diária e queda de 17,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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