Porto Alegre, 6 de junho de 2025 – O mercado brasileiro de milho sinalizou mais uma semana de lentidão nos negócios. Os consumidores seguem cautelosos nas aquisições, apostando em preços mais baixos por conta da entrada da safrinha no mercado em breve e sinalizando conforto em relação a estoques.
De acordo com a Safras Consultoria, os produtores avançam nas fixações de oferta para venda em vários estados, avaliando que o frio registrado na última semana não gerou consequências para o milho.
Fatores como a evolução do clima, a valorização do real frente ao dólar, o movimento dos mercados futuros do milho na Bolsa de Chicago e na B3 e a paridade de exportação seguem como pontos de atenção no mercado.
No cenário internacional, a Bolsa de Chicago operou com pequenas margens ao longo da semana, avaliando as condições favoráveis de clima ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas de milho.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 66,12 no dia 4 de junho, baixa de 2,92% frente aos R$ 68,10 registrados no fechamento da semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 65,00, queda de 1,52% frente aos R$ 66,00 da última semana.
Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 70,00, recuo de 6,04% frente aos R$ 74,50 praticados na semana passada. Na região da Mogiana paulista, o cereal diminuiu 4,35%, de R$ 69,00 para R$ 66,00 por saca.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a saca foi cotada a R$ 56,00 por saca, queda de 3,45% frente à semana passada, de R$ 58,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 69,00, inalterado frente à semana anterior.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda para a saca caiu 1,45%, de R$ 69,00 para R$ 68,00. Já em Rio Verde, Goiás, a saca baixou de R$ 72,00 para R$ 70,00, baixa de 2,78%.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 18,182 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ 865,8 mil. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 38,928 mil toneladas, com média de 1,853 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 467,10.
Em relação a maio de 2024, houve baixa de 78,7% no valor médio diário da exportação, perda de 90,6% na quantidade média diária exportada e valorização de 125,9% no preço médio.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News
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