Porto Alegre, 20 de maio de 2022 – A safra brasileira de café de 2022 deve totalizar 53,4 milhões de sacas de 60 quilos, conforme o segundo levantamento da safra da informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um corte de cerca 2,3 milhões de sacas ante a previsão de janeiro devido à menor expectativa de produção do arábica.
A queda no arábica é parcialmente compensada por um aumento na previsão de safra de café robusta, estimada em um recorde. O café arábica sofreu os efeitos de seca e geadas no ano passado, que limitaram o potencial de colheita em 2022, ano de alta produtividade da variedade, que tem um ciclo bianual.
Conforme a Conab, o efeito da bienalidade positiva esperado para esta safra ocorreu timidamente. As condições climáticas, registradas entre junho e setembro de 2021, foram determinantes para esta quebra de expectativa. Déficit hídrico severo e geadas pontuais foram os responsáveis pela diminuição do potencial produtivo.
A safra total de café 2022 do Brasil (arábica e canéfora) deve avançar 12% ante 2021, mas cairá 15,3% ante recorde de 2020, o último ano de alta do arábica, que responde pela maior parte da colheita brasileira.
A produção de arábica em 2022 foi projetada em 35,7 milhões de sacas, ante 38,78 milhões na previsão anterior, uma alta de 13,6% sobre 2021. A Conab vê a safra 2022 de café robusta/conilon do país em recorde de 17,7 milhões de sacas, ante 16,9 milhões na previsão anterior e 16,29 milhões sacas em 2021. “Por ser mais rústico e não sofrer tão fortemente os efeitos da bienalidade como o café arábica, o desenvolvimento do café conilon na safra atual está superior ao da safra passada”, disse a Conab.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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