Comercialização lenta e preços fracos marcam mercado doméstico de algodão

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     Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2023 – A semana foi de comercialização lenta e de preços mais fracos no mercado doméstico de algodão. De um modo geral, o cenário interno seguiu com oferta curta e uma demanda retraída, trabalhando pontualmente de acordo com a sua necessidade, informou a SAFRAS Consultoria.

     A pluma cotada na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o contrato maio/23 apresentou uma queda de 4,58% em relação à quinta-feira passada. Essa desvalorização refletiu nos preços físicos brasileiros da pluma, que encerrou esta quinta (16) cotada a R$ 5,20 por libra-peso, sem ICMS colocada na indústria de São Paulo. Na semana anterior, era cotada a R$ 5,30 por libra-peso, uma queda de 1,89%. Também teve perdas em relação ao mesmo período de um mês atrás – caiu 2,80% -, cotada a R$ 5,35 por libra-peso. No acumulado de um ano, houve queda de 25,18% (R$ 6,95 por libra-peso).

     O valor do algodão brasileiro no FOB exportação Porto de Santos/SP fechou a semana mais baixo, indicado a 98,71 centavos por libra-peso, ante 99,12 centavos por libra-peso da quinta-feira (9). Porém, o prêmio pago pela pluma subiu para +16,71 centavos em relação à semana anterior, quando era +13,18 centavos por libra-peso contra ICE US.

Exportações

     De acordo com a Secex, Mato Grosso escoou apenas 98,97 mil de toneladas em janeiro/23, volume 30,48% menor que o registrado em janeiro/22. Cabe destacar que esse recuo foi puxado pela diminuição do volume importado pela China e Paquistão (principais consumidores da pluma mato-grossense), que têm enfrentado desafios na economia nacional.

     Desse modo, quando analisado o volume acumulado das exportações da safra 2021/22 (agosto/22 a janeiro/23), é observado um recuo de 0,42% ante o registrado no mesmo período da safra 2020/21, devido à desaceleração dos embarques nos últimos dois meses.

     Por fim, as incertezas quanto à economia global são um ponto de atenção para o mercado do algodão, uma vez que esse cenário tem contribuído para a diminuição do consumo mundial pela fibra, por não ser considerada um bem essencial. As informações constam no Boletim Semanal do Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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