Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2022 – O mercado brasileiro de soja teve uma semana travada em termos de comercialização e com preços tendo comportamento regionalizado. Em relação aos pontos formadores de preço, poucas novidades: o dólar caiu, Chicago teve alta e os prêmios seguiram firmes.
O produtor segue retraído, apostando em preços ainda mais consistentes. Além disso, as atenções seguem voltadas para as lavouras. Na região Sul, a falta de chuvas persiste e os prejuízos em termos de produtividade permanecem sendo reavaliados. Nas demais regiões, o problema é o excesso de precipitações, prejudicando a colheita.
A saca de 60 quilos abriu a semana a R$ 206,00 e fechou a R$ 205,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação subiu de R$ 190,00 para R$ 192,00. Em Rondonópolis (MT), o preço recuou de R$ 182,00 para R$ 179,00.
No mercado exportador, a semana foi marcada por preços em elevação. Em Paranaguá, a saca passou de R$ 195,00 para R$ 198,00. Os prêmios de exportação seguiram firme, reflexo da lentidão na comercialização no mercado físico e da maior demanda de fora a partir de abril.
Os contratos futuros com vencimento em março subiram 0,57% na semana, fechando a US$ 15,92 por bushel na quinta. A estiagem na América do Sul e a boa demanda pela soja americana seguem dando sustentação às cotações.
Já o dólar comercial acumulava desvalorização semanal de 1,47% até o fechamento da quinta. Mesmo com a maior aversão ao risco no exterior, a moeda americana segue perdendo terreno frente ao real diante do forte fluxo de recursos estrangeiros entrando no mercado de capital do Brasil.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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