Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2022 – O mercado brasileiro de carne suína estendeu o recente movimento de recuperação nesta semana. A oferta de suínos vem se ajustando frente à demanda existente, garantido sustentação aos preços. A avaliação é do analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
“Contudo, o mercado está ficando truncado, quadro que tende a se intensificar nos próximos dias, com frigoríficos um pouco mais cautelosos nas compras do suíno vivo, com a avaliação que o escoamento pode perder força, devido à menor capitalização da população, típico de um final de mês”, explica o analista.
Por outro lado, prossegue Maia, os suinocultores seguem em busca da composição das margens da atividade, deterioradas pelo alto custo da ração animal. “Quanto ao custo, deve continuar em patamares elevados no decorrer das próximas semanas, considerando o movimento do farelo de soja e do milho no mercado interno e externo”, completa.
Segundo o consultor, a questão envolvendo a Rússia e Ucrânia não afeta diretamente o mercado suíno, uma vez que o Brasil não vinha exportando volumes expressivos para estes destinos, mas pode afetar o custo, com commodities componentes da ração apresentando quadro de estresse no mercado global.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 90,087 milhões em fevereiro (14 dias úteis), com média diária de US$ 6,438 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 41,488 mil toneladas, com média diária de 2,963 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.171,40.
Em relação a fevereiro, houve baixa de 33,1% no valor médio diário da exportação, de 25,4% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 10,4% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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