Com mercado de feijão cauteloso, compradores buscam melhores condições

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Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024 – A semana do mercado brasileiro de feijão foi de cautela e queda nos preços. Os compradores mantiveram uma participação média durante as madrugadas, mas as negociações foram limitadas e aquém das expectativas, especialmente nos dias mais promissores. Cerca de 24 mil sacas foram oferecidas ao longo da semana, com aproximadamente 5 mil sacas comercializadas.

De acordo com o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, além dos lotes disponíveis, foi notado um volume significativo de amostras para embarque, originadas principalmente de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, incluindo lotes remanescentes da terceira safra 2022/23 e feijão novo da primeira safra 2023/24.

O analista destacou que no início da semana os compradores adotaram uma postura sem pressa nas aquisições, indicando uma expectativa de melhores condições nas próximas sessões, levando em consideração o feriado municipal em São Paulo desta quinta-feira (25). “Os corretores estão cautelosos ao lidar com o excesso de estoque e estão considerando opções de armazenamento caso as mercadorias não sejam vendidas. Possíveis negociações estão ocorrendo após o encerramento do pregão, com compradores oferecendo preços mais baixos para testar o mercado”, relatou.

A escassez do produto extra nota 9,5 persiste, mantendo os preços na faixa entre R$ 390,00 e R$ 400,00 por saca, enquanto o feijão nota 8,5, com vendas limitadas, alcançou no máximo R$ 350,00 por saca. Os feijões com maior fluxo, especialmente os destinados ao embarque, têm uma média de R$ 280,00 e R$ 300,00 por saca.

Os empacotadores começaram a liberar o estoque que compraram antes do último aumento de preços, esperando retomar as compras em breve. O receio continua com as perdas confirmadas na maioria das regiões de produção, especialmente para o feijão preto.

Clima

Segundo Oliveira, a situação é preocupante no Paraná, com o Departamento de Economia Rural (Deral) anunciando um novo corte na produção devido ao calor intenso e à falta de chuvas, especialmente a partir da segunda metade de dezembro. A colheita da primeira safra no estado está avançada, ultrapassando os 77%, enquanto o plantio da segunda safra já atinge aproximadamente 21%.

O mês de janeiro segue com bons volumes de chuva sobre as regiões Norte e Nordeste do país, com destaque para o sudoeste do Pará. No noroeste do Maranhão e noroeste da Bahia, também ocorreram chuvas significativas.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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