Chuvas serão limitadas no Sul e abundantes no Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba durante a semana – Rural Clima

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chuvas

     Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2022 – De acordo com informações divulgadas pela Rural Clima, através dos alertas agroclimáticos desta segunda-feira, a semana será marcada por chuvas limitadas no Sul do Brasil e por volumes abundantes de precipitações no Sudeste, Centro-Oeste e na região do Matopiba.

Região Sul, Argentina e Paraguai

     O agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos destaca que a semana será marcada por tempo aberto no Sul do Brasil pelo menos até quinta-feira (10), quando há chance de chuvas isoladas sobre o leste de Santa Catarina, extremo nordeste do Rio Grande do Sul e para a divisa do estado do Paraná com São Paulo.

     No sábado (12), a instabilidade deve se formar e levar chuvas apenas para o nordeste e leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, metade leste do Paraná, Paraguai, sul de Mato Grosso do Sul e Argentina. “Boa parte do Rio Grande do Sul e do Uruguai devem seguir sem chuvas até o dia 17, quando há condições de uma frente fria se organizar e levar precipitações ao sul do Brasil de forma mais generalizada”, afirma.

     Segundo Santos, o Rio Grande do Sul deve ter perdas ainda maiores na soja, pois não há grandes volumes de chuvas previstos para o curto prazo. “Os volumes registrados na última sexta-feira, sábado e domingo foram pontuais no estado, mas ocorreram de forma irregular. Chuvas boas para o Rio Grande do Sul e também para Santa Catarina estão previstas somente por volta do dia 20”, sinaliza.

Região Sudeste

     A semana deve ser marcada por chuvas em toda a Região Sudeste. Santos destaca que há chance de elevados volumes entre hoje e amanhã na metade norte de São Paulo, no Triângulo Mineiro, no sul do Cerrado Mineiro e no sul e sudoeste de Minas Gerais. “Na semana que vem, as chuvas deverão atingir toda a região também, o que mantém a condição de alerta aos produtores para os tratos culturais, colheita de soja e plantio de milho, uma vez que poderá haver aberturas de sol, embora a umidade siga elevada. Para o café, cana e laranja, a situação é boa, apesar da baixa luminosidade”, pontua.

Centro-Oeste

      Marco destaca que a semana será marcada por muitas chuvas no Centro-Oeste, em razão da continuidade da ação dos corredores de umidade atuando sobre a faixa central e norte do Brasil. “Fevereiro é o mês que mais chove no Cerrado, então não há nada de anormal com o clima. As chuvas seguirão durante a semana, ora com mais, ora com menos intensidade, o que eleva o cuidado dos produtores para planejar a dessecação da soja e os tratos culturais das lavouras. Pode haver aberturas de sol permitindo a colheita, mas a umidade elevada pode trazer alguma avaria aos grãos”, disse.

Matopiba e PA

      A semana tende a ser de muita chuva na região do Matopiba e no estado do Pará. Segundo Santos, as chuvas serão quase que diárias, ora em forma de pancadas, ora de invernadas. “Há tendência de maiores volume sobre o Pará, Tocantins e Maranhão e de pancadas sobre o oeste da Bahia e o Piauí nos primeiros dias da semana.

     Na quinta-feira (10), o tempo deve fechar novamente e poderá haver invernadas, com grandes volumes de chuvas em toda a região, o que reforça o cuidado dos produtores na dessecação da soja. “A segunda metade de fevereiro será marcada por mais invernadas no Matopiba e no Pará, o que pode atrapalhar a colheita da soja”, alerta.

Paraguai

     A agrometeorologista da Rural Clima, Ludmila Camparotto sinaliza que o tempo estará aberto e com temperaturas em elevação no Paraguai ao longo de toda a semana, podendo ficar próximas de 35 graus celsius. “Apenas no final de semana o Paraguai poderá receber pancadas irregulares e pontuais de chuvas, tanto no sul quanto na fronteira com Bolívia”, comenta.

     Conforme Ludmila, apenas entre os dias 17 e 20 de fevereiro deve voltar a chover em todas as regiões paraguaias, embora de forma irregular. No restante do mês nas primeiras semanais de março pode haver precipitações também, mas de forma bastante irregular em todo o território paraguaio.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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