Chuvas devem atingir Sudeste e Centro-Oeste nos próximos dias – Rural Clima

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Porto Alegre, 21 de outubro de 2022 – De acordo com alerta agroclimático da Rural Clima, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil devem seguir sendo atingidas por uma frente fria que avança pelo país. Há previsões de chuvas em praticamente todas as regiões do país, o que favorece o cenário de início de plantio da safra 2022/23.

Sul

A frente fria que passou pelo sul do Brasil levou chuvas ao Rio Grande do Sul e agora encontra-se entre Santa Catarina e Paraná. Com isso, o tempo se mantém instável e com previsões de chuvas nesta sexta-feira, não só para o Sul, mas como para o Paraguai e Sul do Mato Grosso do Sul. Segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, o cenário beneficia as lavouras de soja e milho que estão no campo, mas atrapalha o andamento da colheita do trigo.

No fim de semana o Sul do país deve registrar instabilidade, mas a partir de segunda-feira o tempo seco tende a retornar predominantemente na região.

Sudeste

A frente fria que avança pelo Sul do Brasil chega no Sudeste nesta sexta-feira, trazendo possibilidade de chuvas generalizadas em grande parte das regiões produtoras dos estados de São Paulo, Sul de Minas Gerais e Sul do Rio de Janeiro.

No final de semana, a frente fria avança sobre a região e deve trazer precipitações generalizadas em grande parte das áreas produtoras de Minas Gerais e Espírito Santo. No geral, os próximos dias deverão ser marcados por muitas chuvas no Sudeste do país.

Centro-Oeste

A frente fria também deve atingir o Centro-Oeste do Brasil. As chuvas deverão retornar em grande parte das regiões produtoras de Rondônia, Mato Grosso, Goiás e norte do Mato Grosso do Sul.

As precipitações tendem a atingir principalmente o estado de Goiás, onde o cenário deve ficar bastante irregular. No entanto, segundo Marco, dificilmente haverá chuvas generalizadas, ou seja, chuvas no estado inteiro. Na semana que vem, novas frentes frias devem tomar posição na faixa central do Brasil e levar chuvas mais generalizadas para a região Centro-Oeste.

Norte e Nordeste

No Norte, diversas áreas de instabilidade estão mantendo o tempo chuvoso sobre grande parte das áreas produtoras do Acre, Amazônia, Roraima e oeste do Pará. Há previsões de precipitações generalizadas para a última semana de outubro.

Áreas de instabilidade associadas aos ventos que sopram do Oceano Atlântico para o continente ajudam a manter o tempo estável e com possibilidade de pancadas de chuvas em grande parte da faixa leste do Nordeste.

De acordo com o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, o cenário é favorável ao desenvolvimento de cana e de milho. No entanto, as chuvas também atrapalham, mesmo que momentaneamente, a colheita da cana-de-açúcar, que já vem sendo realizada na região. O interior do Nordeste, como o interior da Bahia e o semiárido nordestino, devem ter chuvas apenas após o dia 10 de novembro.

Matopiba

A frente fria que se desloca para a região central do Brasil nos próximos dias deixará o tempo instável e com possibilidade de pancadas de chuvas sobre o oeste da Bahia, Tocantins, Piauí e Maranhão ao longo da semana que vem. Novembro deve iniciar com as chuvas consolidadas no Matopiba, dando condições para que os produtores iniciem os plantios da safra 2022/23.

Paraguai

A frente fria que passou pelo Paraguai causou chuvas volumosas ao país, que teve registros de mais de 100 milímetros. A tendência é que nos próximos dias o tempo siga aberto, o que favorece a retomada dos trabalhos no campo. No entanto, as chuvas retornam no final da próxima semana em praticamente todas as áreas produtoras do país.

Segundo a meteorologista Ludmila Camparotto, o cenário deve ser bem parecido com o dos últimos dias, porém com volume de chuva inferior. Após o período, o tempo aberto deve predominar no país.

Ludmila destaca a expectativa de que o mês de novembro seja um pouco mais úmido e que tenha pelo menos uma frente fria por semana, isto é, ao menos uma chuva por semana no Paraguai. O cenário favorece o pleno desenvolvimento das lavouras do país.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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