Porto Alegre, 20 de junho de 2025 – As chuvas deram uma trégua, permitindo que a colheita de café voltasse a acelerar no Brasil. De acordo com o acompanhamento semanal de Safras & Mercado, até o dia 18 de junho, 43% da safra 2025/26 já havia sido colhida, o que representa um avanço de 8 pontos percentuais em relação à semana anterior. Apesar do progresso, o ritmo da colheita segue ligeiramente abaixo do registrado no mesmo período do ano passado (44%), mas acima da média dos últimos cinco anos (2020–2025), que é de 40% para esta época do ano.
O destaque vai para o avanço da colheita de café canéfora (conilon/robusta), que já alcança 58% da produção total. “Os trabalhos ganharam ritmo na última semana, impulsionados pelas condições climáticas favoráveis e pelo maior percentual de maturação das lavouras”, destaca o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach. Mesmo com o bom desempenho recente, o volume colhido ainda está abaixo do registrado no ano passado (62%), mas próximo da média dos últimos cinco anos, que é de 59%.
No caso do arábica, os trabalhos também retomaram o ritmo, principalmente no Sul e Cerrado de Minas Gerais, em São Paulo e no Paraná. A colheita já alcança 34% da produção total, com avanço de 8 pontos percentuais em relação à semana anterior. Embora o ritmo ainda esteja ligeiramente abaixo do registrado no mesmo período de 2024 (35%), está acima da média dos últimos cinco anos – 30% para este período do ano. “De maneira geral, o perfil da safra permanece positivo em comparação ao ano passado, com destaque para a melhoria na qualidade da peneira dos grãos colhidos”, aponta Barabach.
Exportações
As exportações brasileiras de café em grão em junho de 2025, contando 10 dias úteis, estão em um total de 1.266.650 sacas de 60 quilos (média diária de 126.665 sacas), com receita chegando a US$ 538,802 milhões (média diária de US$ 53,880 milhões), e preço médio de US$ 425,37 a saca.
A receita média diária obtida com as exportações de café em grão em junho até agora é 34,4% maior no comparativo com a média diária de junho de 2024, que fora de US$ 40,098 milhões. Já o volume médio diário embarcado é 25,2% menor que o de junho de 2024, que tinha o registro de 169.398 sacas diárias de média. O preço médio, por sua vez, é 79,7% superior no comparativo com junho de 2024. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Safras News
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