São Paulo, 25 de novembro de 2024 – O Banco Central da China (PBoC) manteve a taxa de política monetária inalterada em novembro, ao mesmo tempo em que drenou bilhões de iuanes do sistema financeiro por meio de uma ferramenta de gestão de liquidez de médio prazo. Na segunda-feira, a instituição injetou 900 bilhões de iuanes (aproximadamente US$ 124,26 bilhões) no sistema bancário por meio de sua facilidade de empréstimo de médio prazo (MLF) de um ano, mantendo a taxa em 2%. Isso resultou em uma drenagem líquida de 550 bilhões de iuanes (US$ 75,9 bilhões), considerando os 1,45 trilhões de iuanes (US$ 200,11 bilhões_ de empréstimos que vencem neste mês. As informações são da agência de notícias “Dow Jones”.
Nos últimos meses, as autoridades chinesas têm reposicionado a taxa de recompra reversa de sete dias como a principal taxa de política monetária, aumentando a importância dessa operação de curto prazo na gestão de liquidez, em linha com as práticas de bancos centrais ocidentais. O uso da ferramenta MLF para drenar liquidez contribui para essa transição, segundo economistas.
Analistas acreditam que o Banco Central continuará promovendo medidas de afrouxamento para estimular a demanda por crédito e revitalizar os mercados financeiros. Entre as possíveis estratégias, destaca-se um possível corte de 0,25 ponto percentual (pp) na taxa de reserva obrigatória dos bancos, conforme previsão do economista Hunter Chan, do Standard Chartered.
Além disso, Chan sugere que o PBoC poderá aumentar o tamanho das operações de recompra reversa e ampliar a compra líquida de títulos do tesouro, medidas que ajudariam a atender às necessidades de liquidez do mercado.
Essas ações refletem os esforços contínuos das autoridades chinesas para equilibrar a necessidade de estimular a economia e manter a estabilidade do sistema financeiro, num contexto de desafios econômicos internos e externos.
A política monetária da China segue sob observação à medida que o país busca soluções para fortalecer sua recuperação econômica e reforçar a confiança nos mercados, sem comprometer a sustentabilidade financeira no longo prazo.
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Vanessa Zampronho / Safras News
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