São Paulo, 15 de junho de 2023 – A alta consistente de Chicago e a leve recuperação do dólar devem sustentar as cotações da soja no mercado brasileiro nesta quinta. Com isso, a comercialização tende a melhorar, com os produtores aproveitando o repique para negociar. Após a alta de ontem, os prêmios devem cair, acompanhando o aumento da oferta.
O mercado teve um dia de poucos negócios ontem. Com as retrações de Chicago e do dólar, além dos prêmios fortemente negativos, os preços da oleaginosa caíram nas principais praças de comercialização do país. Houve registro de movimentações, porém em volumes pouco expressivos. Conforme analistas de SAFRAS & Mercado, é difícil estimar um número aproximado.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 134,00 para R$ 130,00. Na região das Missões, a cotação desvalorizou de R$ 133,00 para R$ 129,00. No Porto de Rio Grande, o preço decresceu de R$ 140,00 para R$ 137,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço diminuiu R$ 121,50 para R$ 121,50. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 133,50 para R$ 132,00.
Em Rondonópolis (MT), o valor da saca caiu de R$ 115,00 para R$ 113,00. Em Dourados (MS), a cotação baixou de R$ 119,00 para R$ 118,00. Em Rio Verde (GO), a saca teve retração de R$ 113,00 para R$ 111,00.
CHICAGO
* Os contratos da soja com vencimento em julho operam com alta de 1,26% a US$ 14,05 3/4 por bushel.
* Após a volatilidade da quarta-feira, o mercado retoma a recente rotina de ganhos, sustentado pela perspectiva de melhor demanda pela soja norte-americana.
* O Banco Central da China cortou a taxa de juros do país, o que deve injetar dinheiro na economia e incrementar a procura do país por commodities. A boa alta do petróleo completa o quadro positivo.
PRÊMIOS
* Os preços FOB da soja recuaram moderadamente nos portos brasileiros na quarta, pressionados pela queda dos contratos futuros em Chicago. Mas a recuperação dos prêmios limitou o impacto negativo. A comercialização doméstica perdeu ritmo e os prêmios se recuperaram.
* Os prêmios de exportação da soja estavam em -125 a -100 sobre Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para junho. Para julho, o prêmio era de -120 a -105. Para agosto de 2023, o prêmio estava em -22 a -10 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
* O preço FOB (flat price) para junho ficou entre US$ 466,40 e US$ 477,40 a tonelada na sexta-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 464,20 e R$ 473,40.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com alta de 0,35% a R$ 4,831. O Dollar Index recua 0,03% a 102,92 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, +0,74%; Tóquio, -0,05%.
* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,73%; Frankfurt, -0,63%; Londres, +0,15%.
* O petróleo registra ganhos. O WTI para julho sobe 1,18% para R$ 69,06 o barril.
AGENDA
– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina Ministério da Agricultura, na parte da
tarde.
—–Sexta-feira (16/06)
– Eurozona: A versão revisada do índice de preços ao consumidor de maio será publicada às 6h
pelo Eurostat.
– O BC divulga, às 9h, o IBC-Br de abril.
– A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o IGP-10 de junho.
– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.
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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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