A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou a sessão desta terça-feira (23) em alta. O mercado foi amparado pelo cenário geopolítico, diante do risco de uma intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia. Autoridades ucranianas relataram ataques russos a estruturas portuárias e de energia na região de Odessa, o que reacendeu temores sobre eventuais interrupções no fluxo de exportações pelo Mar Negro. A desvalorização do dólar frente a outras moedas também contribuiu para dar suporte às cotações, ao melhorar a competitividade do trigo norte-americano no mercado internacional.
No campo da oferta, o quadro global segue confortável. A colheita avança no Hemisfério Sul, especialmente na Austrália e na Argentina, enquanto a Rússia permanece com preços competitivos no mercado externo. Ainda assim, a consultoria SovEcon informou que a área plantada com trigo de inverno na Rússia para a safra 2026 foi reduzida para 16,1 milhões de hectares, abaixo dos níveis registrados nos últimos dois anos, refletindo a queda da rentabilidade e os efeitos das tarifas de exportação.
Os dados de demanda também entraram no radar. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as vendas líquidas de trigo dos Estados Unidos totalizaram 432,6 mil toneladas na semana encerrada em 11 de dezembro, todas destinadas à temporada 2025/26. Para a safra 2026/27, foram registradas ainda vendas adicionais de 9 mil toneladas, indicando presença de demanda no curto prazo.
Os contratos com entrega em março de 2026 fecharam cotados a US$ 5,17 por bushel, alta de 1,50 centavo, ou 0,29%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em maio de 2026 encerraram a US$ 5,27 1/4 por bushel, avanço de 1,00 centavo, ou 0,19%.
Luciana Abdur – luciana.abdur@safras.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA
TUDO SOBRE O AGRONEGÓCIO
GLOBAL EM UM SÓ LUGAR




