A sessão foi de consolidação e ajustes técnicos. Rolagens de contratos de dezembro para março marcaram a sessão, com a aproximação do período de notificação de entregas do contrato dezembro. O pregão foi volátil e NY chegou a ter ganhos, mas terminou retornando ao terreno negativo. Dados da Organização Internacional do Café (OIC) foram considerados baixistas, aumentando a estimativa de superávit na oferta global em2020/21.
A produção global de café no ano-safra 2020/21 (outubro-setembro) totalizou 169,635 milhões de sacas de 60 quilos, alta de 0,4% na comparação com 2019/20 (168,980 milhões de sacas), disse a Organização Internacional do Café nesta segunda-feira em seu relatório mensal de acompanhamento do mercado, ante as 169,64 milhões de sacas apontadas em outubro. A produção mundial de café arábica atingiu 99,262 milhões de sacas em 2020/21 (+2,3%). Por outro lado, a safra de robusta caiu 2,1%, totalizando 70,375 milhões de sacas.
Já o consumo global de café em 2020/21, segundo OIC, atingiu 167,148 milhões de sacas, com alta anual de 1,9% (164,019 milhões de sacas em 2019/20). Em outubro, a estimativa para a demanda global de café em 2020/21 era de 167,258 milhões de sacas.
Com isso, o mercado global de café teve superávit entre a oferta e a demanda na ordem de 2,487 milhões de sacas em 2020/21, após um excedente de 4,960 milhões de sacas observado em 2019/20. Em outubro, a OIC estava apontando um excedente de 2,386 milhões de sacas.
Conforme a OIC, a colheita do ano-safra de 2020/21 foi concluída em todos os países produtores e o foco do mercado se volta agora para a produção da temporada 2021/22 e também de 2022/23. A produção total obtida em 2020/21 ficou 8,6% acima da média dos últimos dez anos. “No entanto, preocupações com a oferta em diversas origens ainda caracterizam as condições mercadológicas, assim como choques climáticos e disrupções relacionadas com a pandemia continuam afetando o fluxo do comércio de café em diversos países”, disse a entidade.
Os contratos com entrega em dezembro/2021 fecharam o dia a 199,65 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 3,90 centavos, ou de 1,9%. A posição março/2022 fechou a 202,45 centavos, queda de 3,95 centavos, ou de 1,9%.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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