Assim, já foram negociadas 37,51 milhões de sacas de uma produção estimada em 2022/23 por SAFRAS & Mercado de 57,3 milhões de sacas.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, O fluxo de venda segue muito lento no Brasil, diante da postura retraída do produtor e de uma demanda externa curta para o período. “O tombo no preço justifica o comportamento do vendedor. E a pouca disponibilidade na safra atual, diante da quebra na produção de arábica, reforça essa postura. Mesmo assim, os preços seguem fracos, com bebidas melhores já trabalhando abaixo de R$ 1.000 a saca, assustando os vendedores”, comenta.
Barabach indica que, do outro lado, a demanda externa continua curta e bastante compassada, em um período em que a presença compradora é, normalmente, mais intensa. Tradings reclamam que o comprador encurtou o tamanho dos lotes, o que tira fluxo das vendas. “A postura do comprador não permite que os diferenciais (basis) ganhem valor no porto, inibindo o descolamento do preço interno em relação ao referencial externo. Esse descompasso mantém as pontas distantes e o fluxo de negócios muito lento”, aponta.
As vendas de arábica alcançam 62% do total da safra, com fluxo travado e grande distância entre as pontas. Em igual período do ano passado, o comprometimento por parte do produtor girava em torno de 69%. Já a média de vendas dos últimos 5 anos para o período é algo ao redor de 63%.
A comercialização de conilon alcança 71% da safra, com destaque as posições da indústria doméstica de torrado e moído. O fluxo de vendas continua bem abaixo de igual período do ano passado, quando estava em 72% da produção, mas ligeiramente acima da média de 5 anos para o período (64%).
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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