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Bolsa muda de sinal nos minutos finais do pregão e encerra em alta de 0,04%, patamar de 135 mil pts ; dólar recua

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São Paulo -Nos minutos finais do pregão, a Bolsa virou para o positivo e fechou em alta de 0,04%, praticamente estável. O índice operou todo o pregão em queda, em leve realização, oscilando entre a máxima de 135.275,05 pontos e mínima de 134.355,20 pontos, em um dia parado com a volta do feriado e agenda fraca por aqui.

O mercado digeriu os dados do relatório de emprego nos Estados Unidos (payroll, sigla em inglês), balizador importante para definir o rumo da política monetária, com a proximidade da decisão de juros por lá.. Na semana, o índice subiu 0,29%.

As ações da PetroRio (PRIO3) lideraram os ganhos de 8,06%, na sessão de hoje, reagindo ao anúncio feito pela empresa sobre o acordo assinado com Equinor Energia Brasil para compra de 60% que estavam do campo de Peregrino, na bacia de Campos, no Rio de Janeiro. O valor da transação é de US$ 3,35 bilhões. Os outros papéis do setor também subiram.

O principal índice da B3 subiu 0,04%, aos 135.133,88 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho operou com ganho de 0,21%, aos 137.090 pontos. O giro financeiro era de R$ 21,1 bilhões. Em NY, as bolsas operavam em alta.

Felipe Panini, sócio da One Investimentos, disse que o Ibovespa tem um movimento de realização de lucros.

“A bolsa ainda está barata e podemos continuar com movimento de alta, chegou numa região de resistência e alguns indicadores sinalizam sobrecompra, é normal correção no curtíssimo prazo. O Ibovespa vem de sete sessões em alta, podemos ter negociação de amplitude menor. O dado do payroll foi visto por alguns analistas que não conseguiu capturar completamente os efeitos das tarifas do Trump, é um reflexo das condições anteriores e não das atuais das questões tarifárias, o que faz sentido o Fed manter a posição mais cautelosa pelos reais impactos das taxações. A alta das commodities também ajuda a bolsa não cair mais”.

O Citi elevou a recomendação para Brasil para neutra, enquanto para o México ficou para abaixa da média. Panini ressaltou que a notícia foi “positiva”, apesar das incertezas macroeconômica. O motivo para a recomendação, explicou o sócio da One Investimentos, é a “expectativa positiva do lucro por ação das empresas e valuation atrativo”.

Para Felipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, a magnitude da desaceleração da economia norte-americana é o ponto mais importante. “O mercado acredita que o Fed terá que acelerar os cortes das taxas de juros em 2025 para tentar evitar uma desaceleração mais forte e precifica quase quatro cortes de 0,25 ponto porcentual (pp) para o próximo ano. Para muitos, não há dúvida de que os EUA passarão por uma desaceleração, mas qual será a intensidade desse movimento?”.

Em relação ao payroll, Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, disse que “a criação de vagas veio acima do esperado, no entanto, teve revisão para baixo na abertura de postos de trabalho de fevereiro de 117 mil para 102 mil e de março de 228 mil para 185 mil. Um ponto que chama atenção de forma negativa é que o número de desempregados de longo prazo aumentou em 179 mil pessoas, chegando a 1,6 milhão. Em relação aos salários, não vem crescendo no ritmo esperado pelo mercado, ficando em 3,8% na comparação anual e 0,2% na mensal, contra 0,3% [mensal] e 3,9% [anual] na expectativa de mercado, isso também joga a favor do Fed”.

Mais cedo, foi divulgado o relatório de emprego dos EUA, payroll (sigla em inglês). A economia americana criou 177 mil vagas de trabalho em abril e a taxa de desemprego se manteve em 4,2%, a mesma registrada em março. O número de criação de vagas veio acima da projeção dos analistas, que esperavam 135 mil novos postos de trabalho. A taxa de desemprego veio dentro das expectativas do mercado.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,6546 para venda, com desvalorização de 0,35%. Às 17h05, o dólar futuro para junho tinha baixa de 0,16% a R$ 5.694,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,24% a 100,00 pontos. O dólar acompanhou seus pares em meio a uma desaceleração da economia americana como mostram os dados recentes, apesar de um payroll mais forte hoje, e possibilidade de avanço das negociações entre EUA e China

Marcos Weigt, head de tesouraria da Travelex Brasil, disse que “o payroll foi mais forte que o esperado, impulsionou as bolsas americanas e treasury para cima, diminuindo a aversão a risco e puxando as moedas emergentes. Algumas medidas de isenção de impostos tomadas pela China para importação de alguns produtos dos EUA para compensar as tarifas e o “avanço” nas negociações entre os dois países também ajudam”.

Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg, explicou que “ontem o mercado acompanhou a dinâmica de dados mais fracos, saíram os pedidos de desemprego nos EUA [ontem] fazendo com que a percepção seja de menos juros por lá. A gente está recuperando o dia que ficou pra trás, por isso estamos um pouco melhor que os outros mercados, mas todos estão performando bem. Isso se soma à notícia de avanço nas negociações entre China e EUA, e apesar de o payroll ter ficado acima do esperado [em abril], a revisão [dos dados de março] acaba compensando a surpresa de abril. Outros dados como ADP, PIB e PCE [que saíram na quarta], apontaram para um cenário um pouco melhor, e isso que tem promovido a recuperação de moedas em relação ao dólar. Tudo está indicando para uma desaceleração [da economia], mas o ponto principal é sua magnitude. Estamos convictos para uma desaceleração mais rápida, mas não tem indícios de uma possível recessão mais forte, de qualquer forma é um risco”.

O governo Trump buscou a China para iniciar as negociações sobre tarifas. A medida foi confirmada pelos chineses, que avaliam a possibilidade de negociações comerciais com os EUA, primeiro sinal nesse sentido desde a escalada tarifária entre os países. “Vale notar: China começou a isentar tarifas de alguns produtos americanos (USD 40 bilhões em importações), sendo uma lista de 131 itens (farmacêuticos, produtos químicos, dentre outros)”, destaca o relatório da Ajax.

na contramão do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta, em um dia de agenda fraca por aqui, seguindo o rendimento dos títulos do Tesouro americano, após o resultado do payroll de abril.

Por volta das 16h (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,675% de 14,675% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,965%, de 13,515%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,560%, de 13,485%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,605% de 13,535% na mesma comparação. O dólar caía 0,37%, cotado a R$ 5,6540 para venda.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta, enquanto Wall Street assimilava o payroll de abril acima do esperado, o que aliviou os temores de recessão e impulsionou o S&P 500 à sua sequência de ganhos mais longa em pouco mais de duas décadas.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +1,39%, 41.317,43 pontos
Nasdaq 100: +1,51%, 17.977,73 pontos
S&P 500: +1,47%, 5.686,67 pontos

 

Cynara Escobar, Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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