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Bolsa fecha estável e dólar em alta às vésperas de decisão do Copom e Fed

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São Paulo -A Bolsa fechou em leve alta, estável, em um dia morno e de oscilações com o mercado na expectativa para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e e Comitê de Política Monetária (Copom) amanhã (7).

Os investidores repercutiram os resultados do 1T25 e esperam por mais balanços após o encerramento do pregão. A recuperação na cotação do petróleo ajudou as empresas petrolíferas e as ações do Pão de Açúcar despencaram.

O principal índice da B3 subiu 0,01%, aos 133.515,82 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho registrou ganho de 0,15%, aos 135.475 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,9 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no negativo.

Em relação à decisão de política monetária aqui, Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, “espera que o Copom adote um tom mais rigoroso em seu comunicado de amanhã. Tenho visto muitas expectativas de um comunicado baseado na incerteza, mas acredito que, justamente em momentos de grande incerteza, o Banco Central tende a se posicionar com mais firmeza. Nossa projeção é de uma elevação de 50 pontos-base na taxa Selic nesta reunião, com possibilidade de mais uma alta em junho, de 25 ou até 50 pontos, a depender da evolução do cenário, especialmente no contexto internacional”.

Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, comentou que o desempenho do Ibovespa nesta terça-feira refletiu a tensão entre o ambiente externo negativo e o impulso vindo de ações ligadas a commodities.

“As bolsas americanas pressionam o índice local, em meio a preocupações sobre os impactos da guerra comercial, enquanto Petrobras e Vale sustentam o desempenho positivo, impulsionadas pela forte recuperação do petróleo e do minério de ferro”.

O GPA (PCAR3) liderou as perdas de 20,20% “após divulgar prejuízo de R$ 169 milhões, ainda elevado apesar da melhora frente ao ano anterior”, avaliou.

As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiram 1,57% e 1,65%. Petrorio (PRIO3) avançou 4,22%. Armstrong Hashimoto, sócio de renda variável da Venice Investimentos, disse que o petróleo e expectativa para a decisão de juros amanhã fazem apreço na sessão de hoje.

“A tônica do mercado é a alta do petróleo, o que ajuda as petrolíferas, principalmente a Petrobras com o peso no índice. As tarifas comerciais perderam um pouco o foco e a manhã temos a Super Quarta. As apostas estão praticamente definidas. Lá fora, é manutenção [das taxas] e, aqui, aumento de 0,50pp [na Selic]. A dúvida fica para a reunião de junho, se nos EUA têm algum viés de voltar a cortar [os juros], mas por enquanto está difícil de acontecer. E aqui pode ter chegado na máxima do topo, isso vai depender dos próximos indicadores. Os balanços ficam mais forte no final da semana- com Bradesco, Itaú e Ambev. As notícias da Europa também chamaram atenção por conta do parlamento alemão. O chanceler Friedrich Merz foi eleito chanceler da Alemanha após revés da primeira votação”.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro, disse que “o dia é morno e sem novidades. Os investidores esperaram pelo Copom e Fed amanhã. Os acordos [comerciais] americanos já entraram na fase do descrédito, muitas falas e nenhum resultado. Aqui temos alguns movimentos pontuais em razão dos resultados de ontem e hoje. A liquidez é baixa, tem pouca procura por ativos de risco e lateralidade”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,7103 para venda, com valorização de 0,36%. Às 17h05, o dólar futuro para junho tinha alta de 0,13% a R$ 5.741,000. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,62% a 99,21 pontos.

O dólar comercial reduziu a alta, em meio à expectativa para a decisão de política monetária amanhã (7) tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Mas o foco fica no comunicado dos dois bancos centrais. A ausência de um acordo concreto comercial entre as duas maiores economia do mundo gerou fuga de capital dos emergentes.

Marcos Weigt, head de tesouraria da Travelex Brasil, disse que o “mercado oscilou em função da expectativa das decisões do Fed e Copom [amanhã], mas principalmente por conta das declarações do Trump. A expectativa majoritária do mercado é de manutenção da taxa básica de juros pelo Federal Reserve. O principal foco estará no comunicado que acompanha a decisão, especialmente diante das novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que podem impactar diretamente dois pilares de atenção do Fed: a inflação e o mercado de trabalho”.

No final da quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual para 14,75% ao ano. O mercado voltará suas atenções para o comunicado e as sinalizações que o BC deixará para seus próximos passos. Antes, às 15h, será divulgada a decisão do Federal Reserve e o sentimento é de manutenção dos juros. O foco volta-se para o depoimento do presidente da instituição, Jerome Powell.

Na contramão do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda por correção às vésperas de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

Por volta das 16h10 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,700% de 14,725% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,955%, de 14,050%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,525%, de 13,690%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,535% de 13,785% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em queda, após os comentários instáveis do presidente Donald Trump sobre acordos comerciais globais, frustrando as esperanças de avanços próximos no front das tarifas. Os investidores também aguardavam a decisão de política monetária do Federal Reserve.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,95%, 40.829,00 pontos
Nasdaq 100: -0,87%, 17.689,66 pontos
S&P 500: -0,77%, 5.606,91 pontos

 

Dylan Della Pasqua, Cynara Escobar e Darlan de Azevedo / Safras News

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