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Bolsa fecha em queda, em sessão volátil, absorvendo os recuos das tarifas de Trump; dólar sobe

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São Paulo -A Bolsa fechou em queda tímida, em um dia volátil, oscilou entre a máxima de 129.927,08 e mínima de 128.951,12 pontos absorvendo os recuos de Donald Trump e às vésperas de vencimento de opções sobre o Indice. O pregão foi marcado por queda expressiva das commodities.

No final de semana, Trump voltou atrás com as taxações sobre os produtos eletrônicos, depois foi a vez dos automóveis.

A Petrobras (PETR3 e PETR4) caía 1,85% e 2,30%. Vale (VALE3) recuou 1,01%.

O principal índice da B3 caiu 0,16%, aos 129.245,39 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril recuou 0,22%, aos 129.275 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,3 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Alan Martins, analista técnico da Nova Futura Investimentos, disse que tarifas de Trump e vencimento de opções amanhã deixam o mercado mais volátil.

“Existem incertezas com as tarifas do Trump, mas essa semana estamos meio descolados. Em alguns momentos a gente fica bem aderente ao movimento lá de fora, mas a gente tem vencimento de índice futuro amanhã (16) e exercício de opções [na quinta]. Como o nosso mercado é pequeno, há uma certa dificuldade na melhora, como no exterior. Isso não é porque o nosso cenário está ruim, mas existe pressão para fazer uma rolagem mais atrativa. Eu acredito que a gente vai sentir um pouquinho mais a pressão vendedora. Na volta do feriado, caso não tenhamos nenhuma surpresa com tarifas, teremos um cenário de melhora, até porque vem se precificando cada vez mais o fim do aumento de juros aqui”.

Ian Toro, especialista em renda variável da Melver, disse que a volatilidade segue no mercado de ações.

“O mercado está volátil, e isso causa fuga de capital. A nossa bolsa depende muito de capital externo, e Brasil é considerado como aporte de risco. Se temos VIX [índice do medo, hoje está na casa dos 30] muito elevado, os fundos grandes retiram os recursos daqui. Quando esse investidor busca risco, vem pra Brasil, mas quando cenário é de muito risco, ele busca segurança, e foi o que o que vimos na semana passada com a alocação em franco suíço e ouro. O Bessent [Scott Bessent, secretário do Tesouro americano] quer tratar as tarifas [comerciais] como uma ferramenta de negociação e não como um fim, e isso parece agradar os investidores. Agora resta saber até quando o Trump vai manter essa postura mais conciliadora porque mexer na curva longa dos EUA não era o plano deles [as treasuries subiu muito na semana passada e foi preocupante]”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,66%, cotado a R$ 5,8905. A moeda refletiu, ao longo da sessão, as incertezas que envolvem a guerra comercial global criada pelos Estados Unidos.

“A tensão entre Estados Unidos e China volta ser um fator de risco na sessão de hoje após Trump acusar Pequim de descumprir acordos com agricultores e com a Boeing, levando o governo chinês a suspender entregas da fabricante americana. A imprevisibilidade de Trump segue como fonte primária de volatilidade, ao mesmo tempo em que suas sinalizações tarifárias pontuais beneficiam ações e os juros de longo prazo nos Estados Unidos”, explica o especialista em investimentos da Nomad Bruno Shahini.

Segundo o sócio da Valor Investimentos Davi Lelis, o clima de incertezas aumenta a aversão ao risco: “A alta do dólar mostra como os países emergentes, como o Brasil, são vulneráveis aos choques externos. O investidor sente o risco e tira o dinheiro dos países emergentes, e isso acaba pressionando mais o câmbio”.

Para o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, enquanto o panorama do comércio global não clarear, o dólar deverá mostrar volatilidade: “Acho que ninguém acredita que estas tarifas malucas irão ficar”, avalia.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. O movimento foi, em grande parte da sessão, descolado das treasuries e precificou, nas curvas longas, o corte dos juros norte-americanos.

Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,730% de 14,695% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,260%, de 14,165%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,060%, de 13,950%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,160% de 14,025% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecham o pregão em queda, apesar de operarem em alta num certo período, enquanto os investidores analisavam o mais recente lote de relatórios de resultados do primeiro trimestre e se beneficiavam de uma recente queda na turbulência do mercado.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,38%, 40.368,96 pontos
Nasdaq 100: -0,05%, 16.823,17 pontos
S&P 500: -3,46%, 5.396,63 pontos

 

 

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