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Bolsa fecha em alta com otimismo global e renova máxima histórica; dólar encerra a R$ 5,40

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São Paulo -A Bolsa encerrou em alta, renovou máxima histórica de fechamento e no interdiário-141.303,55 pontos-, em um ambiente de otimismo global puxado pelo dado do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll, sigla em inglês), e com os investidores locais apostando na alternância de poder com as eleições em 2026, baseando-se nas últimas pesquisas eleitorais para presidente.

Apenas dez ações da carteira teórica do Ibovespa caíram, com destaque para MRV (MRVE3), BRF (BRFS3) e Vale (VALE3).

Mais cedo, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, mostrou a criação de 147 mil vagas de trabalho em junho, enquanto o mercado esperava 110 mil. Em maio, a criação de postos de trabalho foi revisada, subindo de 139 mil para 144 mil.

A taxa de desemprego ficou em 4,1%, abaixo das projeções de 4,2%. Em termos mensais, o salário médio por hora trabalhada subiu 0,2% em junho, enquanto a expectativa era de alta de 0,3% em base mensal. Na comparação anual, o ganho por hora trabalhada subiu 3,7%, abaixo do esperado de 3,9%.

O principal índice da B3 subiu 1,34%, aos 140.927,86 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto avançou 1,24%, aos 143.170 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,4 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam no positivo.

Felipe SantAnna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia Investing, disse que o Ibovespa acompanhou o bom humor no exterior.

“O mercado lá fora se animou com o pré-feriado e a possibilidade de corte de juros [possivelmente em setembro] por lá. O payroll deixou claro que o mercado de trabalho segue aquecido. Esse cenário contaminou os mercados globais. O Ibovespa renovou topo histórico, nos corredores só se fala na pesquisa eleitoral que aponta a derrota do Lula no segundo turno para 6 dos 8 candidatos postos. É fluxo, apetite ao risco e euforia”.

Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da Criteria, disse que o payroll e a expectativa de troca de governo em 2026 ajudam na melhora do Ibovespa.

“O payroll deu uma boa puxada no mercado lá fora e puxou aqui também. E para somar tem pesquisa mostrando o Lula bem para trás do Tarcísio [Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo] no 2º turno, isso estimula ainda mais a romper a máxima histórica”.

Pedroso explicou que o payroll mostrou que a economia americana está resiliente. O dado amais forte não é tão bom para o Brasil, mas uma vez que o mercado está animado e precisando de justificativa para continuar o movimento de alta esse empurrão ajudou. A principal tese, por aqui, é que estamos no fim do ciclo de alta de juros e muita gente começando a ter mais convicção de troca de governo ano que vem. Isso é explosivo para preço de ativo”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,4040 para venda, com desvalorização de 0,26%. Às 17h05, o dólar futuro para agosto tinha baixa de 0,32% a R$ 5.445,000. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, subia 0,40% a 97,17 pontos.

O dólar comercial oscilou todo o dia entre tímidas altas e baixas sob efeito do dado de mercado de trabalho americano. Com o fechamento, mais cedo das bolsas dos Estados Unidos, em razão do feriado prolongado do dia da Independência, a volatilidade tomou conta do mercado.

Mais cedo, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou os dados do payroll. A economia americana criou 147 mil vagas de trabalho em junho e a taxa de desemprego caiu para 4,1%. O número de criação de vagas veio acima da projeção dos analistas, que esperavam 110 mil novos postos de trabalho. A taxa de desemprego veio abaixo das expectativas do mercado, de 4,2%.

Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, disse que “o alívio no dado de atividade [nos EUA] estimulou a tomada de riscos globalmente, o que beneficiou o Ibovespa (que também renovou a máxima histórica no intraday) e o real no pregão desta quinta-feira”.

Segundo a estrategista-chefe da Nomad, “o número forte de geração de empregos traz uma expectativa de continuidade do crescimento robusto da economia americana, o que estimula maiores fluxos de capital para o país, especialmente teses corporativas, após um período de receio de desaceleração econômica ou recessão mais firme, agora substituído pela impressão de que a perda de ritmo não trará choques mais fortes. Ao mesmo tempo, o dado diminui as expectativas de cortes na taxa de juros Fed Funds (agora, o mercado precifica 95% de chance de manutenção na reunião de julho e mais de 64% de chance de corte em setembro), o que também tem como um possível efeito o aumento da atratividade da renda fixa americana, novamente contribuindo para o aumento de fluxo de capital e potencialmente beneficiando o dólar: o DXY, que compara o dólar com uma cesta de moedas fortes, apresentou alta na sessão”.

Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que o payroll ajudou o mercado. “O número veio forte, mas olhando a abertura dos dados, o grande destaque para a criação de vagas se concentrou nos orgãos do governo e health care [saúde]. Fora isso, o número foi considerado fraco. O dólar começou o dia subindo e o movimento foi revertido”.

Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da Criteria, disse que payroll mais forte “a princípio, deveria ser ruim para os ativos de risco, já que um mercado de trabalho mais pujante afasta o corte de juros pelo Fed. Mas o detalhe muda tudo. O setor privado gerou apenas 74 mil vagas (o menor número do ano) e a diferença veio quase toda de contratações no setor público. Essa composição mais fraca por dentro dá uma leitura mais “dovish” do mercado de trabalho ajuda a explicar o alívio nos mercados”.

Ao contrário do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta seguindo o movimento das treasuries com volatilidade em dia de divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos de junho (payroll, sigla em inglês).

Por volta das 16h24 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,915% de 14,920% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,140%, de 14,115%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,360%, de 13,320%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,205% de 13,150% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão desta quinta-feira em alta, impulsionados pelo otimismo com novos acordos comerciais e diante de sinais mistos do mercado de trabalho que moderaram as expectativas de cortes iminentes nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,77%, 44.828,53 pontos
Nasdaq 100: +1,02%, 20.601,10 pontos
S&P 500: +0,83%, 6.279,35 pontos

 

Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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