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Bolsa fecha em alta, renova máxima, com bancos e fluxo externo; dólar encerra a R$ 5,64

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São Paulo -A Bolsa fechou em leve alta, renovou máxima, em um dia fraco de agenda econômica, puxado por bancos e fluxo estrangeiro na semana que antecede a decisão de juros aqui e nos Estados Unidos. O índice oscilou entre a máxima de 135.709,27 pontos e mínima de 134.711,10 pontos.

O principal índice da B3 subiu 0,20%, aos 135.015,89 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho fechou no zero a zero, aos 137.240 pontos. O giro financeiro foi de R$ 19,4 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.

Alexsandro Nishimura, diretor da Nomos, disse que “o Ibovespa ganhou sustentação na alta dos bancos, enquanto as blue chips produtoras de commodities, Vale subiu ligeiramente e Petrobras caiu, à medida que o avanço recente do índice traz cautela diante da valorização acumulada e proximidade das máximas históricas. As apostas para o Copom, na próxima semana, também começam a se intensificar”.

Mais cedo, em evento no J.Safras Macro Day, o presidente do BC disse que a diretoria da instituição segue bastante incomodada com as expectativas desancoradas. “A inflação corrente permanece acima da meta e com expectativas desancoradas”, frisou.

Galípolo destacou que a economia continua com resiliência e dinamismo e que esse comportamento demanda vigilância “naquilo que é o nosso mandato principal, que é a inflação corrente e buscar a convergência para a meta”. Segundo ele, a economia brasileira está dando sinais ainda incipientes de desaquecimento.

O presidente do BC destacou o esforço grande feito de avançar para o terreno contracionista com segurança. “Estamos em um processo de mensurar o quão contracionista é necessário. Precisamos de dados para reunir confiança de que a inflação está convergindo e a política monetária está tendo os efeitos desejados”, completou.

No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu um crescimento econômico com menor impulso fiscal e mais investimentos privados, afirmando que a economia brasileira tem tudo para ser impulsionada por consumo das famílias e investimentos das empresas.

Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco, disse que “o Ibovespa subiu em dia na contramão das bolsas americanas, que caem hoje refletindo o cenário de incerteza em relação às taxações de Trump. Enquanto o presidente norte-americano garantiu que as negociações com os chineses estão andando, autoridades da China refutam as falas de Trump. Os investidores esperam pelo payroll e o PCE essa semana”.

Louzada destacou as ações em alta. Automob (AMOB3) subiu 8,33%, refletindo o anúncio da aprovação do grupamento de ações da companhia na proporção de 50 para 1, decisão que vale para as ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal.

Cyrela (CYRE3) avançou 2,45%, após a aprovação de declaração e distribuição de dividendos mínimos obrigatórios no valor de R$ 391.636.580,27, equivalente a R$ 1,06 por ação ordinária, disse economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco,

A Vale (VALE3) subiu 0,35%; Petrobras (PETR3 e PETR4) caiu 0,64% e 0,39% com a queda do petróleo e as empresas do setor recuaram em bloco. Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) avançaram, respectivamente 1,06% e 1,21%. As ações da Azul chegaram a despencar mais de 11%, mas conseguiram fechar em baixa de 2,56%.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse o fluxo estrangeiro influencia no movimento positivo da Bolsa.

“A rotação continua com os investidores aproveitando o diferencial de juros aqui e nos EUA. Algumas ações estão destoando como Lojas Renner [subiu 3,32%], que teve recomendação de neutro para a compra pela XP, e a Azul está apanhando bastante, [após o plano de captação bilionária como parte de sua reestruturação financeira]. De forma geral as ações estão se beneficiando com fluxo no geral ações se beneficiando por fluxo. As exportadoras estão sofrendo com o dólar fraco, e isso deve continuar. Suzano caindo mais de 20% no acumulado do ano, desde dezembro. A temporada de resultados está começando a ganhar força”.

Em relação aos resultados das empresas, a Gerdau e Metalúrgica Gerdau divulgam o balanço hoje após o pregão; na terça (29), Iguatemi, ISA Energia Brasil (ex-ISA Cteep), Marcopolo e o relatório de produção e vendas da Petrobras; e na quarta (30), antes da abertura dos mercados, é a vez de Santander Brasil e Weg.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou a R$ 5,6471 para venda, com desvalorização de 0,72%. Às 17h05, o dólar futuro para maio tinha baixa de 0,66% a R$ 5.651,500. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de unidades, recuava 0,54% a 98,93 pontos.

As dúvidas em torno da guerra tarifária, que impacta a credibilidade da moeda, e as expectativas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana, com probabilidade de aumento de juros (Selic), determinaram o recuo da moeda.

Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, disse que falas do presidente do BC, Gabriel Galípolo, e guerra comercial impactam a moeda norte americana. “O presidente do Banco Central [Gabriel Galípolo] continua compromissado a subir juros, e isso acalma os investidores depois de algumas declarações de diretores do BC na semana passada, e com as incertezas da guerra comercial porque ainda não sabemos o rumo disso”.

Mais cedo, em um evento do J. Safras Macro Daya, Galípolo disse que o Banco Central está incomodado com a desancoragem das expectativas.

Bruno Komura, analista da Potenza Capital, disse que a ausência de negociação comercial entre Estados Unidos com a China puxou o dólar pra baixo. “Essa falta de negociação é ruim para o dólar porque confirma o que a China vem dizendo [que não tem discussão sobre as tarifas], e isso não é bom para a dominância dos Estados de forma geral. O dólar perde credibilidade e existe procura por outros parceiros comerciais mais confiáveis”.

Diferentemente do dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta por correção e com apostas para elevação da Selic em 0,50 ponto porcentual (pp) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), semana que vem (7 e 8 de maio).

Por volta das 16h (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,655% de 14,630% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,910%, de 13,885%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,535%, de 13,505%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,640% de 14,590% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo misto, enquanto Wall Street se preparava para uma semana intensa de resultados corporativos e dados econômicos. Os investidores também aguardam qualquer avanço nas negociações de um acordo comercial.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +0,28%, 40.227,59 pontos
Nasdaq 100: -0,10%, 17.368,13 pontos
S&P 500: +0,06%, 5.528,75 pontos

 

Cynara Escobar, Dylan Della Pasqua e Darlan de Azevedo / Safras News

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