A Bolsa fechou em alta. A terça foi marcada por uma sessão morna e a ausência de indicadores. Existe expectativa, por parte dos investidores, das medidas fiscais do governo.
O principal índice da B3 subiu 0,33%, aos 140.109,63 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho registrou alta de 0,13%, aos 141.495 pontos. O giro financeiro foi de R$ 19,7 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.
Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, disse que a bolsa está lateralizada, com leve baixa, depois de forte ascensão, e deve fechar praticamente no zero a zero em um dia sem grandes novidades. O setor financeiro está fraco e, na contramão, Banco do Brasil se recupera e sobe depois de queda forte. Aqui, o investidor acompanha com ansiedade o anúncio pelo governo, na quinta-feira (22) de um possível pacote fiscal. Lá fora, o cenário internacional incerto exige mais cautela.
Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos, disse que a bolsa tem correção, após alta da véspera.
“Após bater ontem o topo histórico de fechamento e no interdiário, hoje o dia é morno e de leve correção. As falas de dirigentes do Fed mostram que eles têm pressa em cortar juros e vão esperar por dados econômicos. A mensagem do Galípolo [Gabriel Galípolo, presidente do BC] foi mais dura, mas ajudou o mercado ontem. Ele disse que os juros vão permanecer elevados por mais tempo e isso foi interpretado pelo mercado que não terá mais aumento da Selic esse ano”.
O dólar comercial fechou em alta de 0,23%, cotado a R$ 5,6677. A sessão foi marcada pela agenda esvaziada e falta de um driver específico.
Segundo a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, o movimento de hoje, além da agenda esvaziada, reflete certo temor com o fiscal estadunidense: “Ainda tem reflexo da alteração feita pela Moody’s da nota de investimento dos Estados Unidos, isso ainda está pesando nos mercados e trazendo volatilidade para as moedas emergentes”.
Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, a ausência da divulgação de dados gera correção na divisa estadunidense, mas pondera que isso é pontual, com o dólar podendo chegar a R$ 5,60 nos próximos dias: “Mas não deve fugir muito disso”.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta. A sessão foi marcada pelo movimento de correção e a falta de gatilhos. Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,730% de 14,720% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,965%, de 13,915%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,490%, de 13,445%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,525% de 13,465% na mesma comparação. O dólar subia 0,26%, cotado a R$ 5,6691 para venda.
Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo negativo, depois que o forte rali puxado pelas gigantes de tecnologia perdeu força.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:
Dow Jones: -0,27%, 42.677,24 pontos
Nasdaq 100: -0,38%, 19.142,71 pontos
S&P 500: -0,39%, 5.940,46 pontos
Soraia Budaibes, Paulo Holland e Darlan de Azevedo (Safras News)
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