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Bolsa fecha em alta em linha com exterior na expectativa de acordo entre EUA-China; dólar cai

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São Paulo -O Ibovespa fechou em alta em um movimento de ajuste após quedas recentes, seguindo a melhora externa e na expectativa de um acordo em relação a política tarifária entre Estados Unidos e China. Na semana, subiu 0,33%.

As ações da Vale (VALE3) subiram 1,66%. Petrobras (PETR3 e PETR4) avançaram 1,98% e 1,98%.

O principal índice da B3 subiu 1,05%, aos 127.682,40 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril registrou ganho de 1,24%, aos 128.030 pontos. O giro financeiro era de R$ 22,3 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em alta.

Bruno Benassi, analista de ativos da Monte Bravo, disse que melhora externa, correção e expectativa de melhora na relação China-EUA ajudam a bolsa subir.

“O mercado começou a ter uma performance mais positiva com a melhora do mercado americano, após o meio-dia. Acredito que digerindo um melhor a questão das tarifas e, principalmente, com alguma esperança de que haja acordos envolvendo Estados Unidos e China. Após a elevação de ontem da tarifa, a China anunciou que seria a última mesmo se houvesse outra taxação por parte dos Estados Unidos. Isso também ajudou o mercado a ter uma visão um pouco mais positiva ou ter alguma ilusão. A bolsa melhorou e commodities melhoraram. Tem um pouco de correção, após quedas dos últimos dias”.

Virgilo Lage, especialista da Valor Investimentos, disse que que “a desaceleração IPCA trouxe um certo alívio do mercado, mas é uma correção saudável. Apesar da China retaliar os Estados Unidos com aumento das taxas de 125%, não fez muito preço porque essa retaliação já era esperada. O mercado também aguarda o cenário de uma eventual fala do Trump [Donald Trump, presidente dos EUA] em relação a esse aumento de taxas para ver se vai ter negociação ou se o republicano vai impor taxa adicional. Se o Trump entrar em negociação com a China, isso pode aliviar os mercados, mas se tiver mais uma vez retaliação, pode ser um sentimento negativo para o mercado”.

Sobre o IPCA, divulgado mais cedo, Gustavo Sung, economista-chefe da Suno disse que em relação ao qualitativo, existem mais pontos negativos do que positivos.

“Do lado positivo, alguns grupos monitorados de perto pelo Banco Central apresentaram crescimento mais moderado na passagem de fevereiro para março. É o caso das medidas de serviços, dos serviços subjacentes e intensivos em mão de obra, que podem estar refletindo um início de arrefecimento da atividade econômica. Do lado negativo, os grupos mais acompanhados pelo Banco Central como preços de serviços, serviços subjacentes, bens industriais e a média dos núcleos apresentaram aceleração tanto na variação acumulada em 12 meses quanto nas métricas de média móvel trimestral anualizada e ajustada sazonalmente (3MSAAR), que captam melhor a tendência dos preços. Esse cenário, somado à desancoragem das expectativas, ainda não oferece alívio à autoridade monetária no curto prazo, como sinalizado na última comunicação do Copom. Em nossa visão, alguns pontos também podem dificultar o trabalho da autoridade monetária como, por exemplo, as recentes medidas do governo para evitar um esfriamento da economia, dado que elas podem limitar a desaceleração ou até mesmo intensificar a inflação. A inflação deve continuar acelerada e registrar maior estabilidade a partir do 2T25”.

O IPCA em março subiu 0,56%, desacelerando frente o mês anterior de 1,31%, mas ficou ligeiramente acima do esperado de +0,54%. Em 12 meses até março, acumula alta de 5,48% e a expectativa de +5,45%.

No câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,49%, cotado a R$ 5,8689. A moeda refletiu, ao longo do dia, as incertezas que rondam os impactos e desfecho do embate comercial entre China e Estados Unidos. Na semana, a divisa estadunidense teve valorização de 0,58%.

Para a economista da Valor Investimentos Paloma Lopes, o país asiático sairá fortalecida nesta disputa: “Aquela história de que a China não tinha trabalho qualificado já não é mais verdade. Eles têm alta tecnologia”.

O head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, classifica o cenário como “bizarro”, e acredita que “os mercados estão absolutamente perdidos em tudo. O [presidente dos Estados Unidos, Donald] está ficando num corner, e os Estados Unidos serão muito penalizados”.

Weigt ainda observa que o investidor passou a buscar proteção em outras moedas desenvolvidas, e não mais no dólar e nas Treasuries: “É um marco, algo histórico”.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. A sessão foi marcada pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março e à espera de novos capítulos da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Por volta das 16h42 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,760% de 14,805% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,360%, de 14,520%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,195%, de 14,395%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,270% de 14,470% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em alta, enquanto Wall Street encerrou uma semana historicamente agitada após comentários da Casa Branca de que o presidente Donald Trump está otimista de que a China buscará um acordo.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: +1,56%, 40.212,71 pontos
Nasdaq 100: +2,06%, 16.724,46 pontos
S&P 500: +1,81%, 5.363,36 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo /Agência Safras News

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