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Bolsa fecha em alta, bate recorde histórico, com payroll mais fraco; dólar recua

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Sã Paulo -A Bolsa encerrou em alta pelo segundo dia seguido, na contramão do exterior, renovou máxima histórica de fechamento e no interdiário, refletindo o dado do mercado de trabalho nos Estados Unidos- payrolll -mais fraco. O indicador reforçou as apostas para corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na reunião do dia 16 e 17. Menos de 20 ações caíram. Na semana, o índice acumulou ganhos de 0,86%.

Magazine Luiza (MGLU3) e Banco do Brasil (BBAS3) subiram 7,16% e 3,57%. Ultrapar (UGPA3) avançou 6,58%. Na ponta negativa, Petrobras (PETR3 e PETR4) caiu, respectivamente, 2,25% e 1,51%, com a queda do petróleo.

Nos Estados Unidos, foram abertos 22 mil postos de trabalho em agosto, bem abaixo das expectativas de 75 mil. A taxa de desemprego ficou em 4,3%, em linha com as previsões dos analistas e o salário médio por hora trabalhada subiu 0,3% em termos mensais, na margem, e 3,7% em base anual, levemente abaixo dos 3,8% estimados. Também houve revisão na criação de vagas em julho de 73 mil, para 79 mil.

O principal índice da B3 subiu 1,16% 142.640,14 pontos. Às 17h18 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em outubro tinha ganho de 1,07%, aos 144.515 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,7 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam negativo.

Gustavo Mendonça, especialista da Valor Investimentos, disse que a Bolsa sobe puxada por bancos e perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos.

“O Ibovespa opera em alta, chegou a bater máxima histórica no intraday, reduziu um pouco mas segue no positivo. O movimento é puxado pelos grandes bancos e Vale, Petrobras recua. O payroll, dado mais aguardado da semana, mostrou como vai ser a política monetária nos EUA, e isso aumenta o diferencial de juros entre Brasil e EUA”.

Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, disse que “os bancos hoje surfam, principalmente, a queda das taxas futuras curtas e o maior apetite por risco após o payroll mais fraco nos EUA, que reforçou apostas de cortes do Fed e estimulou fluxo para emergentes. Localmente, pesa também a leitura de que o reforço regulatório do BC ao sistema financeiro e a discussão sobre fintechs podem reduzir incertezas concorrenciais no médio prazo. O mercado hoje deixou de lado o risco de novas sanções e seguiu o fluxo externo”.

Lucas Barbosa, analista da Ativa Investimentos, disse que o payroll puxa a Bolsa para cima, mas Petrobras pesa.

“O Ibovespa sobe puxado payroll mais fraco, o que mostra uma desaceleração da economia norte-americana. O dado pode implicar em início do ciclo de corte de juros pelo Fed e isso acaba beneficiando as empresas domésticas do setor de varejo-Magazine Luiza, Banco do Brasil, Ultrapar. O índice chegou a bater os 143 mil pontos, mas enfraqueceu um pouco com a pressão de Petrobras. Se houver uma melhora na Petrobras, pode trazer alívio ao Ibovespa. A crítica do Trump ao Fed pela demora no corte de juros também pode ter feito algum preço. A Bolsa deve seguir o movimento positivo até o fechamento”.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, disse que o payroll de hoje abaixo do esperado será uma boa explicação para o Fed cortar juros apesar da inflação ainda alta, nos Estados Unidos.

“O payroll veio bem abaixo na criação de vagas, a taxa de desemprego ficou dentro do projetado, os ganhos salariais mensais como esperado, mas desacelerou na comparação anual. Esse número se aproxima do patamar de 3,5%, considerado ideal pelo Powell, o que indica um cenário confortável para afirmar que não há pressão relevante sobre a inflação doméstica a partir do mercado de trabalho. A expectativa é de que os riscos inflacionários venham sobretudo da questão tarifária, e não do desemprego baixo. Esse conjunto de fatores tende a reforçar a probabilidade de corte de juros na reunião do dia 17, mas ao mesmo tempo paira a dúvida sobre a possibilidade de novos cortes ainda em 2025”.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,58%, cotado a R$ 5,4150. O driver da sessão foi o payroll, nos Estados Unidos, que praticamente selou o início do ciclo de cortes dos juros norte-americanos na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em setembro. Na semana, a divisa estadunidense recuou 0,13%.

O payroll de agosto apontou a criação de 22 mil vagas de trabalho ante projeção de 75 mil. A criação de vagas em julho foi revisada de 73 mil para 79 mil.

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, disse que “o payroll deu mais sinais de fraqueza do que o ADP [ontem a criação de 54 mil vagas em agosto no setor privado, abaixo da estimativa do mercado de 75 mil vagas] devido ao avanço da taxa de subemprego e a 4 demissão consecutiva em setores cíclicos. Mercado vai forçar o corte em setembro e diretores como Bowman [Michelle] e Waller [Christopher] devem ser mais vocais quanto ao corte de 0,25 ponto porcentual (pp). A depender do próximo CPI [quarta-feira, 11], o mercado deve partir para um corte de 0,50pp na decisão de 17 de setembro”.

Borsoi acredita que a ala dovish (suave, propensa ao corte dos juros) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) “vai vencer a disputa no dia 17”.

Para o economista, a dúvida é apenas a calibragem do primeiro corte, mas alerta: “O ponto é entender se é uma questão de demanda ou oferta. Muitos setores setores nos Estados Unidos são dependentes de mão de obra dos imigrantes”.

De acordo com o analista da Potenza Capital Bruno Komura, os resultados de hoje fazem com que a hipótese de três cortes de juros ainda em 2025 nos Estados Unidos ganhe força: “Isso, no curto prazo, vai favorecer o real. Mas não é sustentável, já que nosso fiscal preocupa e as eleições se aproximam”.

Assim como as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. A sessão foi marcada pelo payroll, nos Estados Unidos, que praticamente sacramentou o início dos cortes dos juros norte-americanos em setembro.

Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,895% de 14,885% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,945%, de 13,980%, o DI para janeiro de 2028 ia a 13,250%, de 13,325%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,200% de 13,305% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo negativo, após um relatório de empregos dos EUA mais fraco do que o esperado aumentar as preocupações com a desaceleração da economia americana, mesmo enquanto se solidificavam as expectativas de um corte de juros pelo Federal Reserve.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,48%, 45.400,86 pontos
Nasdaq 100: -0,03%, 21.700,38 pontos
S&P 500: -0,32%, 6.481,50 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

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